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Em Criciúma, 13 moradores de rua já testaram positivo para Covid-19

Nenhum óbito foi registrado entre pessoas nesta situação no município
Por Paulo Monteiro Criciúma - SC , 13/10/2020 - 14:38 Atualizado em 13/10/2020 - 14:40
Foto: arquivo / 4oito
Foto: arquivo / 4oito

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Ainda no final de setembro, a Secretaria de Saúde de Florianópolis realizou um mutirão de testagem da Covid-19 para 80 moradores de rua da capital. Apesar de não cumprirem todas as medidas de segurança contra a doença, justamente pela situação em que se encontram, nenhum dos testados positivou para o coronavírus. A situação da capital, no entanto, é diferente da de Criciúma.

De acordo com a secretária de Assistência Social de Criciúma, Patrícia Verdana Marques, já houveram pessoas em situação de rua, no município, que testaram positivo para a Covid-19. “Desde o início da pandemia, em Março, até o presente momento, 13 [moradores de rua que testaram positivo]”, disse a secretária.

Patrícia ressalta que a grande maioria deste público já foi testado na cassa de passagem e no centro popular, e que todos que positivaram foram encaminhados para o Centro de Isolamento do Rio Maina. Apesar dos positivados, nenhuma pessoa em situação de rua de Criciúma morreu por coronavírus.

O caso de Florianópolis 

Para o deputado estadual Jessé Lopes, o caso das 80 pessoas que, mesmo sem a utilização de máscara e álcool em gel, devido à situação de rua, não testaram positivo em Florianópolis,é um tanto quanto contraditório. Jessé acredita que o caso acaba provando que o convívio na rua em si acaba não sendo tão perigoso em relação ao vírus. 

“Com certeza, isso tem se provado a cada dia”, disse o deputado. “Acho que não se pode negligenciar que existe [o vírus], existe o fato risco. Mas não pode ser tratado como se fosse algo que matasse todo mundo. Tem que se fazer as orientações e cada um faz o que bem entender, mas isso não pode ferir o livre arbítrio das pessoas. Na minha opinião, tem que se liberar tudo e fazer pequenas regras”, reforçou.

A opinião médica

O médico pneumologista Renato Matos, no entanto, destaca que não há argumentos científicos para fazer com que as pessoas parem de utilizar máscara ou tomarem os devidos cuidados em relação à Covid-19, e que o afrouxamento de medidas como estas, de forma pessoal, pode acabar resultando em um novo crescimento.

“Nós já sabemos que existe um percentual grande de pessoas que são assintomáticas. Além disso, outra coisa que temos que ver é a qualidade dos testes, há testes que erram muito. O grande problema em relação a isso é que já estamos numa fase de queda, houve o platô e estamos descendo agora felizmente, tanto no estado quanto em Criciúma. Mas o vírus está aí, se baixarmos a guarda os números podem voltar a aumentar. Há também o problema de não sabermos quem vai ter ou não um quadro complicado. Se eu estou cansado de usar máscara, vou pagar o preço por ficar sem, mas querer mostrar que existe alguma fundamentação científica para não usar máscara é algo fora do comum”, pontuou.

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