Ir para o Conteúdo da página Ir para o Menu da página
Carregando Dados...
FIQUE POR DENTRO DE TODAS AS INFORMAÇÕES DAS ELEIÇÕES 2024!

Elas: o amor de Carmen Lygia pela saúde pública e odontologia

Odontóloga acompanhou de perto o nascimento do SUS, e se declara apaixonada por sua profissão
Por Paulo Monteiro Criciúma - SC , 16/05/2020 - 10:25
Foto: arquivo / 4oito
Foto: arquivo / 4oito

Quer receber notícias como esta em seu Whatsapp? Clique aqui e entre para nosso grupo

Nascida em Porto Alegre e formada em Odontologia há quase 40 anos, Carmen Lygia possui uma grande e longa carreira na área da saúde, e acompanhou de perto e com os próprios olhos a melhoria do setor ao longo dos anos. Em Santa Catarina desde 1983, a odontóloga já passou pelas mais diversas unidades e empresas, mas mantém um forte amor pela saúde pública. 

A profissional morou por sete anos em Lauro Müller, trabalhando no Sesi, Sindicato dos Mineiros e em um consultório próprio, até ser transferida para Criciúma em 1990 - onde passou a integrar também a prefeitura. “Quando cheguei em Criciúma as pessoas tinham pouca assistência em odontologia, porque eram poucas necessidades. Ainda era o sistema incremental em que íamos em kombis. A cadeira do dentista era uma maca, algo completamente rudimentar”, relembrou.

Na época, ainda não existia os trabalhos de odontologia feitos nas escolas, e as unidades de saúde começavam a surgir - mas ainda não eram capazes de atender toda a população. Segundo Carmen, as mudanças começaram com a reforma e o surgimento do Sistema Único de Saúde em 1988, com a expansão do programa feita pelo Ministério da Saúde e a construção de várias unidades.

Quando começamos a trabalhar os materiais não eram bons. Por mais que tu se esforçasse, não conseguia fazer aquela técnica com tanta qualidade, e hoje é incrível, temos tudo na saúde pública. Para ter uma ideia, o Centro de Especialidades Odontológicas está fazendo endodontia, que é com microscopia. Poucos dentistas em consultório particular hoje em dia tem esse recurso, e o SUS possui”, disse.

Apaixonada pela saúde como um todo, Carmen afirma que aqueles que trabalham na área precisam gostar de pessoas - porque é com elas que terão que lidar durante todos os atendimentos. A profissional destaca que não são somente as dores que são contadas aos médicos em consultórios, mas sim boa parte da vida - e que é preciso escutar. 

“Tem que fazer um trabalho psicológico em cima da pessoa para que ela adquira o hábito que estás ensinando, aí sim tu ta fazendo saúde. Restaurar um dente, colocar uma prótese ou painel não é fazer saúde em si. Fazer saúde é fazer o paciente ver como ele pode melhorar”, comentou.

Durante sua carreira como odontóloga, Carmen nunca abandonou o salto e o jaleco para atender os seus pacientes - fossem eles nas minas, nas unidades públicas ou em seu próprio consultório particular. Para ela, todos os pacientes deveriam ser tratados bem e da mesma forma. 

Odontóloga, mãe e esposa

Carmen veio para Santa Catarina sozinha, sem mãe, companheiro ou qualquer pessoa para ajudar. Quando chegou em Lauro Mûller, começou a trabalhar logo de cara em três turnos. “Quando começamos a trabalhar não temos como escolher apenas um turno. Ou você é profissional ou não é”, disse.

Com dois filhos já maiores de idade e formados em suas respectivas profissões, Lygia conciliava os turnos dos trabalho com a casa e a família. “Ter que conciliar dois filhos, trabalhando em três turnos, com casa e marido ao mesmo tempo não foi fácil. Mas a gente pode tudo, tem que fazer tudo que se propõe a fazer”, ressaltou.

Tags: Projeto Elas

Copyright © 2022.
Todos os direitos reservados ao Portal 4oito