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Elas: Amanda Citadin e uma viagem de saúde ao sertão pernambucano

Oftalmologista fala sobre expedição médica realizada em 2019 à cidade de Ouricuri, em Pernambuco
Por Paulo Monteiro Criciúma - SC , 17/05/2020 - 08:24
Foto: divulgação
Foto: divulgação

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Oftalmologista formada, Amanda Citadin encarou no ano passado uma viagem ao sertão pernambucano com um único objetivo: levar assistência médica aos sertanejos. No município de Ouricuri, a oftalmo, juntamente com outros profissionais da área da medicina, realizaram centenas de atendimentos à uma população que carecia de atendimentos médicos. 

Os equipamentos, que aqui ocupam as salas de consultórios, tiveram de ser levados todos à cidade pernambucana para que então as consultas pudessem ser iniciadas. “No primeiro dia de expedição tínhamos de montar tudo. Eu e a Chantal éramos da oftalmologia e montamos nossa salinha. Quem era da pediatria montava a sua, psicologia e por aí vai”, destacou.

Os remédios também foram todos levados e disponibilizados aos moradores da cidade em uma farmácia junta à expedição. Aquela pessoa que se consultava, saia com a receita em mãos e já buscava os medicamentos próximos às tendas de atendimento. “Tentávamos o mínimo possível fazer com que eles comprassem algo, e por isso quando chegávamos já tinha uma fila bem grande, de gente que madrugava aguardando”, comentou.

Entre os mais de 800 atendimentos realizados na expedição, Amanda afirmou que uma coisa foi extremamente marcante: o povo. “Quando chegamos, o pessoal do Íris, que mora lá, nós avisou: vocês tem que se cuidar para não se apaixonarem pelo povo sertanejo, porque o povo sertanejo é apaixonante. E é realmente isso”, pontuou.

“Mesmo com todas as dificuldades que tem, é um povo sempre alegre e querendo conversar. A gente atendeu, mas o que era muito importante também é chegar lá, parar e conversar com eles porque é o que eles queriam. Conversar sobre a vida, netos e família, um povo muito caloroso e agradecido” completou a oftalmologista.

Entre suas consultas, uma das mais marcantes foi o atendimento à uma menina de nove anos que possuía 8 graus de hipermetropia, causando falta de vista. “Na escola, ela já não enxergava mais o quadro”, relembrou Amanda. A solução encontrada pelas oftalmos, então, foi procurar por um óculos em meio à expedição que atendesse a necessidade da criança. “Achamos um de grau seis e sabemos que não era o ideal, mas já iria ajudar mais do que nenhum. Ela conseguiria enxergar o quadro na escola e ver melhor”, comentou.

A gratidão, segundo Amanda, foi um dos maiores aprendizados que a expedição à Ouricuri proporcionou. “Sabemos que muitas vezes as situações que atendemos aqui são precárias, em condições não tão ideais. Mas sabemos que podemos ajudar muita gente com as condições que temos. Isso ficou mais claro para mim depois que voltei de lá. Fizemos muita gente feliz, pudemos mudar a vida de muitas pessoas e isso me fez ser mais grata por tudo que temos”, declarou.

Tags: Projeto Elas

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