O Programa do Avesso, da Rádio Som Maior recebeu o padre Antônio Júnior para uma conversa sobre religião e fé. Natural de Sombrio, estudou em seminários desde 1997, passando por Tubarão, Cocal do Sul, Brusque, Florianópolis e São Paulo, até receber a ordenação diaconal em 2008.

Ao longo destes dez anos, já realizou mais de 400 casamentos, apenas em Criciúma. “Tem uns casais que a gente vê que são mais entrosados, outros são uma geladeira. Tem alguns que é uma coisa bonita e dá para ver nos olhos”, disse o padre.

Em viagens a Europa, conheceu o papa emérito Bento XVI e o papa Francisco. Também se disse tiete de pontífices. “Bento é um homem muito inteligente, ele é um pouco mais tímido, diferente do papa Francisco, que é mais popular”, analisou. Contou ainda ter um verdadeiro amor pelo santo padre.

Sacerdotes costumam receber confissões que não podem ser reveladas, nem para a polícia, garantiu Antônio Júnior. “Eu nunca me esqueço, a confissão mais bonita que eu ouvi nesses dez anos de padre foi de uma prostituta. Ela casou, encontrou um homem que tirou dessa vida. Ela contou o que levou a isso, e extremamente contrita, queria realmente mudar”.

Uma questão que chama atenção é o famoso livre arbítrio, no qual Deus permite que as pessoas façam o que desejam, mas se não seguirem alguns de seus preceitos, podem acabar no inferno. "Deus nos dá a liberdade, essa é uma das provas de seu amor. Alguns até dizem que ele não existe. É preciso ter claro que não é Deus que castiga, a gente colhe o que planta", disse.

Para ele, existindo ou não o céu e o inferno, ninguém perderá sendo bom. O padre revelou que não reza para o Brasil ganhar, já que existem coisas mais sérias para Deus se preocupar, mas torce pela Seleção. Ainda sobre Copa do Mundo, disse não desejar o mal, mas gostou da eliminação da Alemanha.

Confira o Programa do Avesso completo: