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Dom Joaquim: Do risco de falência à referência em SC

Hospital que esteve prestes a fechar as portas, agora pode ser destino para tratamentos pediátricos
Por Gregório Silveira Sombrio, SC, 06/04/2022 - 16:33 Atualizado em 06/04/2022 - 16:57
Fotos: Gregório Silveira / 4oito
Fotos: Gregório Silveira / 4oito

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Há menos de 5 anos o Hospital Dom Joaquim de Sombrio estampava as manchetes dos veículos de comunicação e a palavra crise sempre aparecia ao lado do nome da instituição de saúde. Salários estavam atrasados, faltava material e condições de trabalho na unidade. Por várias vezes muitos moradores da região chegaram a pensar que o hospital iria fechar as portas. Dada a volta por cima, hoje a palavra crise sai de cena e dá lugar à referência. Nessa quarta-feira, 06, mais um grande avanço. A deputada federal Geovania de Sá, através de emenda parlamentar, liberou R$ 1 milhão para implantar o serviço de atendimento pediátrico na emergência da unidade. 

A deputada federal ressalta a importância, não somente para Sombrio, mas para o extremo Sul como um todo. “É um hospital que temos investidos muitos recursos pelo fato que realmente ele sofreu muito no passado e esses recursos estão colocando ele como referência. Estamos na construção das UTIs permanentes, já temos as UTIs Covid, que serviram muito tempo e que deixam um legado, com equipamentos que ficarão aqui nesse hospital. E agora estamos também trazendo um recurso para implantar o serviço de emergência pediátrica, que é uma grande demanda. Com isso todas as cidades da região ganham", comentou.

Geovania apontou que tem recebido um feedback positivo de prefeitos da região, cujos municípios utilizam os serviços do Dom Joaquim. "Eu estive nas cidades de Passo de Torres e Balneário Gaivota e os prefeitos tranquilos, porque não precisa mais se deslocar muitos quilômetros, principalmente na madrugada, quando o pai e a mãe necessitam levar eu filho em um atendimento pediátrico e não tem na cidade. O hospital Dom Joaquim como fica mais no extremo Sul, vai dar todo esse suporte importante, principalmente quando se fala de criança. Elas têm que ter o atendimento prioritário, então estamos muito felizes por poder contribuir mais uma vez com a saúde”, acrescentou.

Geovania também destaca o esforço que os pais tinham para encontrar um atendimento de emergência e como se arriscavam percorrendo quilômetros de BR 101 até os grandes centros. “Na verdade, o hospital Regional de Araranguá, bem como o hospital São José de Criciúma e o São Donato de Içara, são hospitais grandes e que fazem esse atendimento também, porém ficam muito distantes para as famílias do extremo Sul. Isso vai também tirar um pouco da demanda desses hospitais. A criança adoeceu, o pai e a mãe não precisam pegar muitos quilômetros de BR para ir até Araranguá, Criciúma e Içara e ainda correr risco nessa estrada. O atendimento agora tem aqui em Sombrio. Não é somente os cuidados com crianças, mas isso também preveni acidentes na rodovia”.

Robson Schmitt, superintendente do Instituto Maria Schmitt, entidade que administra o hospital Dom Joaquim, também comenta a importância de uma emergência pediátrica na região. “Teremos um hospital mais resolutivo para a população da região e arredores. É um projeto de uma importância enorme para cada vez mais nos tornarmos um hospital referência e até para tratarmos problemas mais complexos”. 

Leitos pediátricos de UTI

Além disso o hospital Dom Joaquim está perto de ter 10 leitos de UTI pediátricos, se equiparando assim, aos grandes centros do Sul do país. “Nós tivemos uma reunião na vigilância na segunda-feira e nosso projeto foi encaminhado para aprovação. Logo teremos o alvará de construção e vamos começar a todo vapor para aumentar nossa complexidade nessas áreas de pediatria e quem sabe maternidade. Hoje, pensando no futuro do hospital, sabemos que não vai ser um hospital relacionado ao município e sim para a macrorregião. Aumentando essa complexidade todo o habitante da macrosul, que vai de Imbituba até Passo de Torres é beneficiado. Atualmente nossas crianças para uma cirurgia cardíaca têm que ser levadas a Joinville, ou até mesmo, Curitiba ou Porto Alegre. Se nos organizarmos, essas cirurgias não serão um sonho tão distante para começarmos a fazer aqui na nossa terra”, afirma o superintendente Instituto Maria Schmitt. 

“Só pode ser feita cirurgia mais complexa quando tem UTI e essas vagas vão para os leitos de regulação, então virão para cá pessoas de outras regiões do Estado. Isso faz com que se tenham cirurgias com maiores riscos aqui, o que vai propiciar uma maior qualidade de vida e tornar a região referência”, completa Geovania.

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