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Disparidade de gênero no setor empresarial foi tema de palestra na Expomais

Carmela Borst falou sobre a desigualdade de salários e oportunidades entre mulheres e homens no mercado de trabalho
Por Heitor Araujo Criciúma - SC, 27/09/2019 - 17:13
Foto: Everton Miranda / Acic
Foto: Everton Miranda / Acic

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A disparidade salarial, resultante do machismo ainda instalado na sociedade, continua sendo uma realidade no Brasil. Ela é evidente, principalmente, no setor empresarial: além das mulheres ocuparem significamente menos cargos de administração nas empresas, elas recebem um salário médio 25% mais baixo do que os homens.

A diversidade e os impactos financeiros causados pela discriminação foi o tema da palestra de Carmela Borst, Head de Marketing para a América Latina na Infor, na quarta edição da Expomais, em Criciúma. "O foco é na diversidade, o impacto e o legado que isso causa. Quero também passar para as mulheres que ocupam cargos que podem fazer a diferença dentro das organizações, que é o que  elas devem saber. Devolver à sociedade as oportunidades que se tem", falou Carmela à reportagem.

A questão, segundo Carmela, não é apenas na diversidade. A disparidade salarial causa sérios impactos econômicos. Pesquisas de fundações, como a Locomotiva, citada por Carmela, apontam nesse sentido. 

"Se equiparassem o salário no Brasil, injetaria cerca de R$ 450 bilhões de reais na nossa economia, o que poderia erradicar a pobreza. Então é uma questão muito maior do que a diversidade, pois trata da economia de maneira muito forte”, explica Carmela.

Diferença social

Uma reportagem da BBC Brasil do começo deste ano pontua as diferenças entre homens e mulheres na sociedade: a igualdade avança em passos lentos e as mulheres continuam recebendo menos oportunidades no mercado de trabalho, ocupam menos cargos gerenciais e políticos e têm participação na indústria de tecnologia ainda irrisória. Veja as principais discrepâncias:

- As mulheres trabalham em média três horas por semana a mais do que os homens (somando-se trabalho remunerado, atividades domésticas e cuidados com outras pessoas), mas ganham apenas dois terços (76%) do rendimento deles. Dados do IBGE

- Nas ocupações que exigem nível superior completo ou mais, a diferença salarial é ainda maior: as mulheres recebiam 63,4% do rendimento dos homens em 2016

-  Levantamento do Fórum Econômico Mundial indica que o Brasil está em 95º no ranking de igualdade de gênero: "o abismo entre gêneros está em seu maior nível desde 2011"

- O salário das mulheres brasileiras com filhos é, em média, 35% menor que o das que não têm filhos

- Em 2016, as mulheres cumpriam 18 horas semanais de trabalhos domésticos ou a cuidados com pessoas, contra 10,5 horas dos homens, dificultando as mulheres na busca por emprego em horário integral

Tags: expomais

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