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Denúncias de maus-tratos contra animais são comuns, mas falta de abrigos causa empecilhos

Delegado Lucas da Rosa explica como é o procedimento para intervir na situação
Por Erik Behenck Criciúma - SC, 31/01/2020 - 10:40
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

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Denúncias relativas a maus-tratos em animais são comuns, só que nem sempre os órgãos responsáveis podem agir, já que é preciso tirar o bicho da casa onde está sendo cuidado de maneira adequado e encaminhá-lo para um abrigo. Foi o que aconteceu em Araranguá na quinta-feira, 30, onde um cão foi resgatado, mas outro encontrado morto.

“Recebemos uma denúncia do bairro Lagoão, que tinha um cachorro agonizando e uivando, os vizinhos incomodados e que a mulher e os dois filhos não tomavam o cuidado necessário, então foi acionada a Polícia Civil. Quando chegamos lá, descobrimos que esse cachorro tinha falecido e um vizinho enterrou no quintal”, contou o delegado Lucas da Rosa.

Assim que a denúncia foi realizada, a Polícia Civil passou a buscar por um abrigo para o cachorro, a informação inicial era de que havia somente um na residência, mas quando os policias foram até lá, descobriram que eram dois, mas que um deles havia falecido dias antes. A dona da casa foi chamada até a delegacia para prestar esclarecimentos.

“Ela foi conduzida em flagrante até a delegacia. Alegou que os cachorros seriam dos filhos dela, que um deles estava preso e o outro não estava em casa, então que seria a tutora, que não estava em casa e não tinha tempo para cuidar dos bichos. E por isso chegaram naquela situação”, explicou o delegado.

O animal resgatado foi levado para uma clínica que possui convênio com a Fundação Ambiental do Município de Araranguá (Fama). Passou a noite em observação e está com uma doença grave. A partir do momento que receber alta, será encaminhado para um abrigo. Segundo o delegado, essa situação é comum.

“É comum, as vezes a Polícia não é acionada, as vezes eles chamam a Polícia Militar, a dificuldade maior é conseguir abrigo para o animal. É preciso tirar ele do local onde está ocorrendo a situação de violência e levar para um local adequado, só que em Araranguá não existe abrigo, então temos que contar com uma rede de pessoas que tem a causa animal como algo principal, para encaminhar esse cachorro”, disse Rosa.

A situação em Criciúma

A fundadora da ONG SOS Vira-Lata, Georgia Feltrin, disse que costuma receber denúncias envolvendo maus-tratos contra animais, mas que como este é um trabalho voluntário, não podem fazer muita coisa, ainda mais porque não possuem poder para entrar em casas, apenas atuam com orientações. Em Criciúma a responsabilidade é da Famcri.

“Somos uma ONG que não resgata animais, porque não temos abrigo e nem sede. Costumamos mais tirar dúvidas e auxiliar o bem-estar animal. Fomos um dos elabores dessa lei de bem-estar animal, fazemos campanhas para ajudar a pagar veterinário e conseguimos abrigo social para animais de rua, trabalhamos também com a castração e feirinhas de adoção”, disse.

Tags: MAUS-TRATOS

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