A secretaria de Estado da Defesa Civil de Santa Catarina, iniciou os testes com o radar meteorológico móvel. O aparelho está em Florianópolis, no Batalhão de Operações Aéreas do Corpo de Bombeiros. Em breve o equipamento deve ser instalado em Araranguá, ao lado do Farol do Morro dos Conventos e cobrirá 52 municípios da região.

 “Ele (o radar) está em fase de testes e assim que pronta a estrutura em Araranguá a gente vai transportar e ele vai ficar monitorando 24h essa região do extremo Sul de Santa Catarina”, explicou o gerente de monitoramento e alerta, Frederico Rudorff.

QUAIS REGIÕES VAI COBRIR?

Frederico Rudorff: É um Radar Banda X, que é diferente dos radares Banda S que já estão em operação em Lontras e em Chapecó. O de Chapecó abrange toda a região oeste, centro oeste e meio oeste de Santa Catarina. E o de Lontras abrange parte do meio oeste, planalto sul, Grande Florianópolis e litoral norte.

Tinha uma pequena área do extremo sul que ficava fora dessa área de abrangência de Lontras. Então esse Radar Banda X vai abranger essa área e também vai dar maior precisão de monitoramento na região do extremo sul.

A vantagem desse radar ele vai ficar próximo do nível do mar. Então ele vai trazer um maior detalhamento da precipitação na região.

QUAL O VALOR INVESTIDO NO RADAR?

Frederico Rudorff: O radar, em si, custou em torno de R$ 3,4 milhões e mais investimentos que vão ser feitos de infraestrutura de fibra ótica, energia elétrica e algumas readequações ali na área dos conventos e próximo ao farol. Deve ter mais algum investimento de R$ 500 ou R$ 600 mil.

COMO VAI FUNCIONAR, NA PRÁTICA, ESSE RADAR METEOROLÓGICO?

Frederico Rudorff: O Radar Meteorológico é utilizado na previsão de curtíssimo prazo. Nós temos os navios meteorológicos que são gerados a partir de modelos meteorológicos que dão aquela condição de previsão de até um dia de antecedência. E o Radar já entra no monitoramento de curtíssimo prazo de até duas horas de antecedência.

Então ele promove o monitoramento em tempo real e da condição exata do que está acontecendo. O modelo prevê a entrada de uma frente fria ou possibilidade de instabilidade e temporais, mas não consegue prever com exatidão onde e quanto que vai chover ou a formação extada do local das tempestades. O radar começa a detectar essas formações de tempestade e de precipitações e ele vai nos ajudar a emitir avisos meteorológicos com maior precisão nessa escala de curtíssimo prazo.