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“De liderado, passei a ser líder”, afirma Vanderlei Mior

Ele se consagrou no time de 1991 e hoje lidera uma das concessionárias de automóveis da cidade
Por Beatriz Coan Criciúma - SC, 29/08/2020 - 12:30 Atualizado em 29/08/2020 - 12:43
Foto: Arquivo / Divulgação
Foto: Arquivo / Divulgação

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Em 1985 o então jogador de futebol, Vanderlei Mior, chegou em Criciúma. E foi no ano de 1991 que entrou para a história do time com a vitória da Copa do Brasil. Encerrou sua carreira no futebol em 1994 e mudou totalmente de área. Hoje tem mais de 20 anos de experiência em venda de automóveis e gerenciamento de empresas, 15 deles à frente da concessionária Honda Gendai. Sua história foi o assunto do Nomes & Marcas dessa semana. A reprise você escuta domingo, 30, às 11h30min.

Futebol x Medicina

Nascido no interior, do interior do Rio Grande do Sul, na região de Capela Santana da cidade de Serafina Côrrea, Mior estava dividido entre os incentivos da mãe para ser médico e o apoio do pai para seguir a carreira no futebol. Iniciou a jogar profissionalmente no time de Passo Fundo, o 14 de Julho. Por indicação de um primo fez o teste e passou para a seletiva. O time não teve uma boa campanha no campeonato, iria disputar o rebaixamento, e resolveu cortar a folha salarial demitindo jogadores caros e contratando novatos. Foi então que o chamaram para jogar o Hexagonal da Morte. Ele aceitou a proposta, mas não queria largar os estudos, o clube fez uma proposta “Você mora em Serafina, treina sozinho durante a semana e vem jogar no fim de semana ou quando tem jogo”, relembrou o jogador.

A equipe fez uma boa campanha e se classificou. Em 1979 jogaram um amistoso em Chapecó, que mudou a trajetória de Vanderlei. Heitor Pasqualotto, que já foi presidente do Chapecoense, ficou sabendo que um jogador de sobrenome Mior iria jogar o amistoso, mesmo sobrenome de sua madrinha. Por coincidência era a avó do jogador. Pasqualotto gostou do desempenho do jogador e indicou ao clube, que o contratou. Novamente, ele afirmou a prioridade nos estudos. Se mudou para Chapecó, onde fez curso pré-vestibular enquanto jogava profissionalmente. Foi liberado pelo clube para realizar a prova em Passo Fundo, de malas prontas ele desistiu da medicina e abraçou o esporte.

Chegada em Criciúma

Depois da Chapecoense, jogou no Atlhético Paranaense, Marília e Joinville. Foi no último clube que conheceu o treinador Velha, responsável pela indicação ao Criciúma anos depois. Em 1985 chegou ao clube, e um ano depois viveu uma das principais recordações no esporte. Não foi a vitória de nenhum título, mas a conquista do primeiro turno do campeonato. A disputa foi com o Joinville. Ganharam na primeira partida, em casa, no jogo de volta empataram. No retorno do norte, ainda na BR-101, na altura de Içara foram recebidos por torcedores buzinando e fazendo festa. De lá, vieram para Criciúma no caminhão de bombeiros. O time não ganhava nada há algum tempo e o torcedor estava avido por uma taça. Após, ganharam as outras três taças e então, o campeonato. “Tomamos gosto por ganhar e culminou com o topo que foi em 91 a Copa do Brasil e uma bela campanha na taça Libertadores em 92”, relembra Mior.

O título inédito e a invencibilidade do time marcaram a história e até hoje é relembrado nas ruas do feito. Na entrevista ele afirma que a receita do sucesso depende de vários fatores. Qualidade, condição física e querer vencer, esses foram os ingredientes que fizeram do Criciúma E.C. campeão da Copa do Brasil e conquista o quinto lugar na Libertadores, segundo Mior. “O time sabia o que queria, sabia das limitações quando precisava se fechar. Quando precisava jogar contra time superior, tínhamos que se fechar, tínhamos que jogar de forma inteligente. Um pouquinho de qualidade, um pouquinho de técnica, um pouquinho de sorte e acabou dando certo. ”, constatou.

Foto: Arquivo / Divulgação

Do futebol para os carros

Em 1992 foi jogar no México, onde encerrou a carreira dois anos depois e retornou para Criciúma. Entrou para o mundo dos automóveis através do sogro, Diniz Gaidzinski. “Apesar de serem duas paixões do brasileiro, o futebol e o automóvel, gerir uma empresa é totalmente diferente. ”, afirmou ao lembrar da mudança. Entrou para acertar algumas pendências e foi colocado como gerente de vendas pelo sogro, a justificativa foi o fato de Mior ser conhecido. Teve que conquistar a confiança dos vendedores e da administração, mostrar que era merecedor do cargo.

A fama pelo título do Criciúma ajudou nas negociações. No começo, marcava partidas com os clientes junto dos vendedores, o que criou um ambiente familiar. Permaneceu durante seis anos como gerente de vendas. Em 2003, quando a Jugasa mudou de local se tornou diretor comercial. E em 2005 passou a gerenciar a Honda Gendai, onde desempenha diversos papéis.

No mundo dos negócios

O segredo da administração, segundo Mior, é não gastar mais do que se ganha. Fez cursos de vendas e treinamentos ofertados pelas marcas dos veículos.

Jogar futebol é mais fácil do que gerir. A preocupação é fazer contrato, treinar, superar o colega para ser escalado. Gestão é diferente, você tem que cuidar do financeiro, cuidar do comercial, tem que cuidar da imagem da empresa, tem que cuidar de uma série de coisas, motivar as pessoas, é um trabalho mais complexo.

Ao final, ele dá a sua dica para o sucesso: correr atrás e acreditar em você. “O sucesso não é uma linha reta, tem altos e baixos”, afirmou Vanderlei, que acrescentou que estudo, preparo e especialização, também são essenciais para o sucesso.

Escute a entrevista completa:   

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