A semana começou fria e chuvosa no Litoral Sul de Santa Catarina. E os próximos dias devem ter temperaturas ainda mais baixas na região. Segundo o climatologista da Epagri/Ciram, Márcio Sônego, o frio está se prolongando no mês de agosto, mas, por enquanto, ainda não aconteceram geadas e por isso nenhuma cultura teve grandes prejuízos.

A situação, entretanto, deve mudar nos próximos dias. “Há a possibilidade de geada no domingo ou ainda entre segunda e terça-feira da próxima semana”, alertou o meteorologista da Epagri, Marcelo Martins.

A previsão é que a próxima semana tenha os dias mais frios do ano e com isso os agricultores precisam ficar atentos. “Com possibilidade de geada e o frio intenso, as pastagens e as plantações de banana, mandioca e maracujá vão custar um pouco mais a crescer. O fumo também pode atrasar uns dias. Por outro lado, as plantações de uva, pêssego e ameixa se beneficiam”, disse Sônego.

O frio mais intenso exige cuidados especiais. “Os bananicultores já tem o costume de ensacar os cachos para evitar que o vento frio estrague os frutos e isso já protege contra as geadas. As hortaliças também devem ser cobertas para evitar prejuízos. Já para as outras culturas, o ideal é esperar que o frio passe para iniciar as plantações”, recomendou Sônego.

Chuva abaixo da média

A média de chuva para o mês de agosto é de 100 a 120 milímetros, mas até agora no Estado, conforme o meteorologista Marcelo Martins, choveu aproximadamente entre 50 e 60 milímetros. “Não estamos nem próximos da média para o período. Apesar disso, a situação é normal. Nesta época fria tem que chover, mas o mais importante são as horas de frio que beneficiam as culturas do período”, destacou.

Márcio Sônego, climatologista, explica que, mesmo a chuva estando abaixo da média no Estado como um todo, principalmente no Litoral Norte e Centro, no Litoral Sul a situação é diferente. Aqui o mês começou seco, mas no mês anterior houve um alto volume de chuva. “Temos um chuva razoável por aqui. É importante não falarmos apenas em agosto, mas nos últimos 30 dias. Por conta das chuvas no fim do mês passado e desta última semana, o solo está totalmente preenchido com água”.