Em comparação com o primeiro semestre de 2021, os furtos aumentaram 15% em Criciúma neste ano. Os roubos, 8%. Os dados foram confirmados pelo comandante do 9° Batalhão da Polícia Militar (9°BPM), tenente-coronel Sandi Muris de Medeiros Sartor. Com a recente extinção da Guarnição Reforçada (GR9) e a preocupação com o déficit no efetivo, surge a insegurança com a segurança pública na região.

"Os crimes contra o patrimônio e, os mais violentos também, nós acompanhamos diariamente as estatísticas, os fatos, um a um, para verificar o que e onde está acontecendo", afirma Sartor. "Os furtos, realmente, aumentaram, se compararmos, inclusive, com o primeiro semestre do ano passado, nós tivemos um acréscimo de aproximadamente 15% e, dos roubos, 8%. É um aumento que nos preocupa", acrescenta o comandante. 

Ainda conforme Sartor, diariamente, ações são desencadeadas em Criciúma com o intuito de coibir crimes. "Estamos atuando nos horários em que os comércios estão abertos. Com o passar do tempo, no fim de tarde, vão ficando padarias, farmácias, postos de combustíveis, conveniências e mercadinhos abertos, então focamos no monitoramento desse tipo de local", pontua o tenente-coronel. 

Durante as madrugadas, há um maior registro de furtos no município. "Os estabelecimentos comerciais estão fechados e, muitas vezes, apenas com o monitoramento eletrônico, então a gente faz a ronda preventiva, embora saibamos que são crimes circunstanciais", explica Sartor.   

Segundo o comandante, o efetivo busca se reinventar, além de buscar ferramentas para identificação dos criminosos. "Sabemos que há reincidência. Inclusive, hoje, prendemos mais um que tinha pelo menos 50 passagens pela polícia. Conhecemos a legislação, mas intensificamos as abordagens para dar uma sensação de segurança maior nas pessoas e um sentimento de vigilância nesses autores, que, muitas vezes, ficam perambulando", frisa. 

Muitos dos autores de furtos e roubos são usuários de drogas. "É uma engrenagem esse ciclo vicioso do crime, porque ele furta e entrega em algum lugar, então, tem o interceptador; e pega o dinheiro para comprar droga, ou seja, tem o traficante. A gente está tentando agir em cada uma dessas frentes para conseguir conter ou minimizar esse tipo de delito", finaliza Sartor.

Diferença entre furto e roubo

Os dois crimes são considerados contra o patrimônio. Mas, no caso do furto, não há violência. Já em ocorrências que envolvem roubo, sim.