A CPI dos Respiradores deve chamar novamente a depor o advogado Leandro de Barros, preso preventivamente no caso da compra dos 200 respiradores junto à Veigamed, e o controlador Geral do Estado, Luiz Felipe Ferreira. 

De acordo com o relator Ivan Naatz (PL), Leandro de Barros deve esclarecer pontos do primeiro depoimento prestado à CPI, no qual negou ter relação com o ex-secretário da Casa Civil, Douglas Borba. Leandro de Barros também disse não ter recebido nenhuma comissão pelo contrato com a Veigamed e disse que não representava a empresa, apenas teria feito um favor ao empresário Fábio Guasti.

Em relação ao controlador geral, a nova chamada deu-se após uma entrevista de Luiz Felipe Ferreira ao jornalista Upiara Boschi, do grupo NSC. Ao colunista, o controlador colocou mais suspeita sobre a ex-superindente de Gestão Administrativa, Márcia Pauli. Segundo ele, houve erros da servidora, mas que acabaram também passando pelo jurídico da Saúde. Ele alegou que tentou contato com Pauli para falar sobre irregularidades na compra com a Veigamed no dia 18 de abril. 

"Ela ficou surpresa que tivéssemos apontado que existiam fragilidades processuais. O que isso me leva a crer? Que ela tivesse uma confiança muito grande nas parte com quem estava fazendo a negociação. Ela recebe três orçamentos de uma mesma pessoa…", disse o controlador a Upiara. 

O requerimento para chamada de novos depoimentos de Leandro de Barros e Luiz Felipe Ferreira foi aceito pelos membros da CPI e pode acontecer na próxima terça-feira. Nesta terça-feira, 16, estavam marcados os depoimentos de Fábio Guasti, que negociou pela Veigamed e foi preso preventivamente, e Pedro Nascimento de Araújo, CEO da empresa que encontra-se foragido. Pedro não foi encontrado pela assessoria da Alesc e Fábio Guasti conseguiu judicialmente a dispensa de depoimento.