Durante a reunião da CPI dos Respiradores na Alesc, nesta quinta-feira, 21, os deputados Ivan Naatz (PL) e Milton Hobus (PSD) divulgaram um contrato do governo do Estado, do dia 24 de março, para a compra de 100 respiradores junto à Intelbras.

A compra, de acordo com a documentação, tem o valor de R$ 7 milhões pelos equipamentos, que de acordo com o deputado Milton Hobus, seria mais adequado do que o comprado junto à Veigamed, em contrato de R$ 33 milhões por 200 unidades.

Cada equipamento que será adquirido junto à Intelbras, com o pagamento feito assim que a mercadoria chegar, terá custo de R$ 70 mil. O comprado junto à Veigamed, com pagamento antecipado, custou R$ 165 mil.

"Esses documentos comprovam que todos sabiam que Santa Catarina tinha empresa com expertise para exportação, muito mais barato, como a Intelbras, sem lucro nenhum. Essa compra não se encerrou, os respiradores vão chegar. A intelbras, que é uma empresa idônea, que traria o melhor modelo e não o Shangrila 510S, o governo disse que não poderia fazer esse adiantamento. Para a empresa fake, a Veigamed, que não tem expertise e talvez tenha sido usada como laranja, pagou-se antecipadamente R$ 33 milhões", contestou Hobus.

Ivan Naatz mencionou a assinatura de Pauli e Moisés na contratação junto à Intelbras. "Teve a participação direta do governador do Estado, porque ele assinou esse protocolo. Esse documento recebeu parecer da procuradoria, que opina pela regular licitação. Foi autorizado o empenho, a ordem de compra e todo o procedimento. Eles optaram em comprar da Veigamed pelo dobro do preço", atacou Naatz.