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Covid-19: crianças pegam e propagam o vírus da mesma forma que adultos

Os pequenos, no entanto, respondem com maior eficiência às infecções da doença
Por Paulo Monteiro Criciúma - SC , 14/08/2020 - 08:19 Atualizado em 14/08/2020 - 08:21
Reprodução
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Ainda nos primeiros meses de pandemia, onde muitas das questões que permeavam o coronavírus ainda eram incertas, acreditava-se que crianças tinham menor capacidade de contaminação e propagação do vírus. Apesar disso, teorias mais recentes mostram que as crianças contraem e propagam a Covid-19 da mesma forma que os adultos - mas são menos afetadas pela doença.

O médico pneumopediatra André Rampinelli ressalta a forma como os sintomas da Covid-19 acabam sendo menos intensos, na grande maioria das vezes, em crianças. “Os sintomas na criança são muito mais brandos do que nos adultos. O que está acontecendo agora é que algumas pegaram o coronavírus e, no segundo momento, desenvolveram uma resposta tardia, uma síndrome inflamatória sistêmica que acomete os órgãos, mas não é uma situação frequente”, declarou.

Apesar disso, de acordo com o pneumopediatra, a incidência do coronavírus em crianças em Santa Catarina gira em torno de 1% à 3,5%. Sendo assim, se hoje o estado conta com cerca de 115 mil infectados, aproximadamente 1 mil ou 3 mil crianças estão infectadas com o vírus.

“Na prática, nos atendimentos, vemos bastante crianças com sintomas que muito provavelmente estão com o coronavírus. Nesse momento é orientado o isolamento domiciliar, mas a grande dificuldade da gente sempre são os testes diagnósticos, esse é o grande empecilho para termos realmente o número de casos em Criciúma”, pontuou.

A dificuldade de um parecer em menores de idade também se dá pelo fato de que muitos apresentam sintomas extremamente parecidos com resfriados normais - os quais são semelhantes ao da Covid-19. As crianças mais atingidas pela doença, no entanto, são aquelas lactentes, de até dois anos, ou na idade pré-escolar. 

As crianças, no entanto, parecem lidar melhor com o vírus. “Temos algumas teorias relacionadas à questão do receptores onde o vírus se ligaria para infectar o hospedeiro, em que existe na criança uma descarga não tão desorganizada do processo inflamatório quanto a dos adultos, o que provocaria complicações nos mais velhos. Mas até agora não se sabe o porquê disso realmente, mas a criança está conseguindo lidar melhor com a infecção do coronavírus”, disse André.

Tags: coronavírus

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