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Covid-19: Alesc analisa projetos voltados à economia catarinense

Por Redação Criciúma, 16/04/2021 - 17:01
Foto: Divulgação
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Desde que o Estado de Calamidade Pública em virtude da pandemia da Covid-19 foi decretado, em março do ano passado, os deputados estaduais analisaram quase 30 projetos com o objetivo principal de atenuar, na economia catarinense, os efeitos negativos das medidas restritivas impostas em função do coronavírus. A maior parte das propostas trata da prorrogação ou anistia a impostos cobrados pelo Estado e concessão de financiamentos ou auxílio financeiro a setores da economia.

Conforme levantamento realizado pela Sala de Imprensa da Assembleia Legislativa, são 26 proposições, sendo 23 projetos de lei (PLs), duas medidas provisórias (MP) e um projeto de lei complementar (PLC). O número, no entanto, é maior, pois em quatro PLs foram apensados (juntados) outras iniciativas de igual teor.

A maioria dos projetos está em tramitação nas comissões permanentes da Alesc. Dois foram transformados em lei e quatro deles resultaram em vetos do Poder Executivo (confira o levantamento completo abaixo). Esses vetos ainda não foram apreciados pelos deputados, que podem manter a decisão do Executivo ou rejeitá-la, transformando os projetos em lei.

“A Assembleia Legislativa foi protagonista nas ações voltadas ao combate à Covid-19”, comentou o deputado Marcos Vieira (PSDB), presidente da Comissão de Finanças e Tributação da Alesc. “Isso é resultado de muito trabalho, fruto dos projetos de lei dos parlamentares e do Executivo.”

Crédito de ICMS
Já foram transformados em lei o PL 138/2020 (Lei 18.029/2020), de autoria do deputado Milton Hobus (PSD), que dispõe sobre a não exigência do crédito tributário relativo ao ICMS que for devido pelo descumprimento de metas e compromissos assumidos por contribuintes como contrapartida à concessão de benefícios fiscais ou financeiro-fiscais, em função da pandemia.

“É muito importante que se mantenham as condições mínimas para que a vida continue acontecendo, apesar da pandemia”, explica Hobus. “Esses projetos visam criar essas condições.”

Auxílios

Entre as iniciativas de origem parlamentar, há propostas para o pagamento de auxílio financeiro, como o PL 76/2021 (institui o auxílio aos estabelecimentos optantes pelo Simples Nacional), do deputado Neodi Saretta (PT); o PL 145/2020 (institui o auxílio às mulheres que estão asseguradas pelas medidas protetivas e que são vítimas de violência doméstica durante o período de calamidade pública), da deputada Ada de Luca (MDB); e o PL 187/2020 (concede renda mínima emergencial cultural aos trabalhadores do setor cultural), das deputadas Luciane Carminatti (PT) e Marlene Fengler (PSD). Todos estão em tramitação nas comissões.

Também com relação a auxílio, está em tramitação a Medida Provisória (MP) 236/2021, editada pelo Poder Executivo em 29 de março, com o objetivo de conceder auxílio emergencial, na forma de subsídio integral da taxa de juros remuneratórios de operações de crédito, a microempreendedores com sede em Santa Catarina.

De acordo com a medida, os recursos serão disponibilizados por meio de financiamentos junto ao Badesc e ao BRDE. A linha de crédito chega a R$ 1,5 bilhão. Os empreendedores beneficiados terão 12 meses de carência para iniciar o pagamento do financiamento, com juro zero e quitação em até 36 vezes. Os microempreendedores individuais (MEIs) poderão solicitar até R$ 10 mil, enquanto os micro e pequenos empreendedores terão direito a até R$ 100 mil. Como contrapartida ao auxílio, os empresários precisarão manter os atuais níveis de emprego em seus estabelecimentos durante o período de carência.

“Alguns setores, pela nossa diversidade macroeconômica, estão indo muito bem, inclusive mantendo nossos índices de empregabilidade entre os melhores do país. Mas não podemos virar as costas para determinados setores que estão sofrendo, como eventos, cultura, gastronomia, turismo, hotelaria”, afirma Milton Hobus.

A MP 236/2021 já foi admitida em plenário e está na Comissão de Finanças e Tributação para a elaboração do projeto que a converterá em lei.

No ano passado, outra medida provisória concedeu apoio financeiro ao setor cultural. Editada em agosto, a MP 229/2020 destinava R$ 4 milhões em caráter emergencial aos trabalhadores e às pessoas jurídicas do setor cultural catarinense, com o objetivo de mitigar os prejuízos econômicos causados pelas medidas de isolamento e distanciamento social, que inviabilizam as atividades do setor. Desse montante, R$ 2 milhões foram doados pela Assembleia Legislativa. A MP 229/2020 foi transformada na Lei 18.002/2020.

Impostos e taxas

Há, ainda, iniciativas voltadas a parcelamento ou suspensão do IPVA, além de anistia para a Taxa de Fiscalização de Transporte (TFT), cobrada das empresas de ônibus, que foram impedidas de circular durante alguns meses, no ano passado, em função das restrições impostas pela pandemia.

Os parlamentares também analisam o veto ao PL 222/2020, do deputado licenciado Luiz Fernando Vampiro (MDB), que institui o Programa Catarinense de Parcelamento de Débitos Fiscais, com o objetivo principal de possibilitar que os contribuintes que estejam com o pagamento de impostos atrasados possam acertar sua situação com a Fazenda estadual. Com esse mesmo objetivo, está em tramitação o PL 46/2021, de autoria do Executivo, que institui o Programa Catarinense de Recuperação Fiscal (Prefis-SC) 2021.

“Tem muita gente sem poder pagar as contas, sem poder manter os empregos. E o Estado tem que estar atento a isso”, afirma Milton Hobus. “Prefis é muito importante, porque muita gente está negativada e não quer isso. Eles querem colocar suas contas em dia e o Estado precisa oferecer condições para que isso ocorra.”

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