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Como os centros para idosos de Criciúma estão enfrentando a pandemia

Casas de permanência não registraram nenhuma caso de Covid-19 até o momento
Por Paulo Monteiro Criciúma - SC , 04/06/2020 - 14:02 Atualizado em 04/06/2020 - 14:03
Foto: arquivo / 4oito
Foto: arquivo / 4oito

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Criciúma conta atualmente com seis centros de permanência para idosos. O asilo São Vicente de Paulo, único público do município, conta com a sua lotação máxima permitida já esgotada, e pessoas ainda aguardam na fila. Neste período de pandemia, as casas para idosos estão tendo que tomar uma série de cuidados específicos para não pôr em risco a vida de sua comunidade, que se enquadra no grupo de risco da doença.

“Dentro das casas de permanência, estamos orientando bastante sobre como proteger o idoso que está ali dentro. Lá, entende-se que ele está protegido porque tem quem faça tudo para ele. Mas esses funcionários ao fim do período retornam para suas famílias e depois voltam para ali, então não é 100% eficaz”, destacou a presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa (CMDI), Angela Maria Silva.

Em Criciúma, apesar de todas as nove mortes serem referentes à pessoas idosas, nenhum caso da doença foi registrado entre os centros de permanência. Os cuidados para quem mora nesses locais é enorme, a higiene pessoal e das mãos estão sendo realizadas com mais frequência entre os moradores e os profissionais utilizam diariamente máscaras, luvas e jalecos descartáveis. O que está pesando para os idosos, durante este período, é a falta de visitas.

“O conselho nos enviou ofícios questionando as necessidades, e uma das casa nos relatou que a maior dificuldade é controlar a ansiedade dos idosos. Eles estão muito ansiosos, nem todos conseguem assimilar a gravidade que está ocorrendo, muitos estão revoltados porque as famílias não conseguem ir lá, para preservar as pessoas”, disse Angela.

As visitas presenciais de familiares e pessoas de fora estão proibidas em todas as casas do município. Enquanto isso, Angela desta a importância de que os profissionais utilizem de vídeo chamadas e ligações para que os moradores tenham um contato com suas famílias, mesmo que de forma remota. O distanciamento entre os idosos dentro das casas, no entanto, não é necessário, já que todos moram ali.

A presidente do CMDI destaca também a importância da criação de um Centro Dia em Criciúma: um local em que os idosos poderão ficar durante o dia, enquanto seus familiares trabalham. Apesar disso, a profissional afirma que é errado chamar esses locais de “creches para idosos”, assim como asilo, que seria um termo pejorativo. “O termo correto hoje é instituição de longa permanência de idoso, já que asilo, hoje, é um termo pejorativo. Antigamente eram asilos porque as pessoas idosas iam para ficar escondidas, muitas vezes com problemas. Atualmente, isso é diferente. 

Em meio a pandemia, a doação de itens e materiais de higiene para as casas de permanência ganharam ainda mais importância. Para doar, basta procurar o CMDI de Criciúma, que irá direcionar à instituição necessitada. 

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