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Com a Coronavac, 10% da população brasileira será vacinada

Ministro da Saúde anunciou a compra de 46 milhões de doses, porém, nesta quarta-feira, Jair Bolsonaro desmentiu a informação
Por Marciano Bortolin Criciúma, SC, 21/10/2020 - 11:18 Atualizado em 21/10/2020 - 11:39
Foto: Divulgação
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Nessa terça-feira, 20, o ministro da Saúde, Eduardo Pazzuello anunciou que o Governo Federal adquiriu 46 milhões de doses da Coronavac, vacina que está na fase mais avançada de testes e deve ficar pronta no início de 2021. Porém, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira, 21 que  não comprará a vacina que está sendo desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. De acordo com ele, antes de ser disponibilizada para a população, a vacina deverá ser “comprovada cientificamente” pelo Ministério da Saúde e certificada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “O povo brasileiro não será cobaia de ninguém. Não se justifica um bilionário aporte financeiro num medicamento que sequer ultrapassou sua fase de testagem”, escreveu Bolsonaro em publicação nas redes sociais.

O ministério já tinha acordo com a AstraZeneca/Oxford, que previa 100 milhões de doses da vacina, e outro acordo com a iniciativa Covax, da Organização Mundial da Saúde, com mais 40 milhões de doses.

Segundo o ministério, o processo de aquisição ocorreria somente após o imunizante ser aprovado e obter o registro junto à Anvisa. Para auxiliar na produção da vacina, a pasta já havia anunciado o investimento de R$ 80 milhões para ampliação da estrutura do Butantan.

A vacina

O pneumologista, Renato Mattos, lembrou, em entrevista ao Programa Agora, da Rádio Som Maior, que são necessárias duas doses para imunizar uma pessoa. “Temos que levar em consideração que a Coronavac são duas vacinas, duas aplicações. Então serão vacinados em torno de 20 milhões de pessoas, 10% da população brasileira. É claro que é um avanço significativo, mas é um percentual muito pequeno. Provavelmente, como a vacinação da gripe, esta seguirá uma sequência: profissionais da saúde, pessoal de mais idade, grupo de risco. Esperamos que isso possa nos ajudar bastante, mas a curto tempo não vai mudar completamente a situação do coronavírus”, comentou.

Segurança

A vacina mais segura, para Renato Mattos, é justamente a Coronavac. “Está em uma fase mais adiantada e por usar uma tecnologia de muito tempo. Não há descrição de efeitos colaterais importantes. Em nenhum momento foi suspensa esta fase três, enquanto outras foram suspensas. Então esta é uma vacina bastante segura. No momento se espera que uma vacina tenha 70% de eficácia, mas hoje são feitas negociações junto a agências reguladoras que se ela mostra 50% de eficácia ou 40%, elas já sejam liberadas para uso. Então não temos esta pretensão que tenha 100% de eficacia, ainda mais uma vacina feita de maneira muito rápida”, destacou. 

Ele contou também que todas as vacinas estão na fase três, a etapa que comprova a segurança. “Os resultados parecem promissores. Esta Coronavac, que foi anunciada a compra por parte do Governo Federal, de 46 milhões de doses, talvez seja a primeira a ser liberada, até por usar uma tecnologia mais antiga, a mesma que se faz a vacina da gripe, do sarampo, da poliomielite. Isso nos traz uma segurança por ser uma tecnologia conhecida. As outras vacinas estão usando tecnologias diferentes, inovadoras, talvez precise um pouco mais de tempo para se ter a segurança com relação a elas. É fundamental a garantia da segurança. Vamos trabalhar com pacientes em sua grande maioria sadios então temos que ter certeza ou o mínimo de dúvidas que estas vacinas são seguras”, falou.

O pneumologista, professor da Unesc, coordenador do serviço de terapia intensiva do Hospital São José (HSJ), Felipe Dal Pizzol, lembra que existem quatro vacinas em fases avançadas de testes. “As fases um e dois destas quatro vacinas mostram que elas são seguras, mostram que induzem a uma imunidade quanto de anticorpos e agora os estudos de fase três têm que mostra que segurança é aplicada a um grande número de pessoas e que, além de levar uma proteção do ponto de vista do sistema imune, que esta proteção, produção de anticorpos possa diminuir os casos de Covid-19 e reduzir a gravidade dos casos. A expectativa e que estes estudos de fase três devam estar consultas e os resultados apresentados e ter a liberação das agências regulatórias. Factível ter a vacina entre fevereiro em março do ano que vem”, enfatizou.

Confira as entrevistas na íntegra:

Tags: coronavírus

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