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Clubes catarinenses demonstram apoio no Dia Internacional Contra a Homofobia

Dos cinco principais clubes do Estado, apenas o Tigre não se manifestou nas redes sociais sobre o tema
Por Heitor Araujo Criciúma - SC, 18/05/2020 - 10:15 Atualizado em 18/05/2020 - 17:19
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

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Domingo, 17, foi o Dia Internacional Contra a Homofobia. A data simboliza o dia em que a OMS retirou o termo homossexualismo (cujo sufixo ismo indicaria uma doença) e trocou-o por homossexualidade. Houve manifestações contra a homofobia em todo o mundo e no futebol - espaço em que muitas vezes o preconceito social é evidenciado e extravasado em cânticos homofóbicos ou manifestações racistas e sexistas - não foi diferente. Clubes de todo o país usaram as redes sociais para declarar apoio à luta contra a homofobia. Em Santa Catarina, dos cinco principais clubes do Estado, apenas o Tigre não se manifestou.

Pelo Facebook, Twitter e Instagram, Avaí, Figueirense, Chapecoense e Joinville postaram mensagens de apoio à luta contra a homofobia e de igualdade de direitos e pluralidades. Na página do Facebook da Chapecoense, clube com mais curtidas na rede social, a publicação rendeu ampla aceitação e apoio dos torcedores e simpatizantes.

"A nossa torcida é pela igualdade de direitos, pela aceitação, pela pluralidade e pelo amor.

Ódio e preconceito jamais passarão. Isso não é uma questão de escolha ou de opinião: Respeitar é dever de todos!", publicou a Chape.

O mesmo aconteceu na página dos demais clubes. ‪"Amar é um direito de todos.‬
‪⠀‬
‪Respeito, igualdade, e liberdade, também.‬
‪⠀‬
‪17 de maio - Dia Internacional Contra a Homofobia.‬"
, publicou o Figueirense.

O Flamengo, clube mais popular do país, também entrou na campanha, a exemplo dos demais principais clubes do país. A postagem no Twitter do clube rendeu 4,6 mil retweets e 15,6 mil curtidas. "Respeito e igualdade são deveres! O seu preconceito não é questão de opinião. 

Estamos juntos nessa luta! #CRF", publicou o clube.

Pelo Twitter, o Brusque, adversário do Tigre na Série C, foi outro clube catarinense a se manifestar no Dia Contra a Homofobia. Nas redes do Criciúma, nenhuma mensagem de apoio e de diversidade foi publicada. No dia 13, data de aniversário de 73 anos, o Twitter do clube teve amplo engajamento. Antes disso, no dia 26 de abril, o clube postou uma homenagem pelo Dia do Goleiro.

A assessoria de imprensa do Tigre afirma que, devido a ajustes internos, está desde a última sexta-feira, dia 15, sem atualizar as redes sociais. Em processo de sucessão presidencial para o fim do ano, após o anúncio de Dal Farra de que deixará o cargo, o clube não trabalhou em uma campanha ou publicação para o dia 17.

Entidades do futebol mobilizam-se para combater o preconceito no âmbito desportivo. No ano passado, a torcida do Vasco da Gama, em jogo contra o São Paulo em São Januário, gritou "time de viado". O árbitro Anderson Daronco, seguindo recomendação da CBF, paralisou a partida até que o cântico fosse extinto. Na ocasião, o técnico vascaíno Vanderlei Luxemburgo pediu para a torcida parar. 

No começo do século, o São Paulo foi apelidado (ou teve a identificação reforçada) de "Bambi" - referente ao personagem da Disney Bambi, o animal veado - pelo ex-jogador Vampeta. Em entrevistas, o ex-volante do Corinthians explicou que chamou-os de bambi porque teria flagrado ex-jogadores do São Paulo tomando sorvete juntos. 

Quando há casos de racismo no esporte, o clube pode perder pontos ou até ser eliminado da competição, como aconteceu com o Grêmio na Copa do Brasil em 2014, quando uma torcedora chamou o goleiro Aranha, em jogo contra o Santos, de macaco. A torcedora, flagrada pelas câmeras, respondeu judicialmente pelo crime de injúria racial.

Em junho do ano passado, o STF reconheceu que a homofobia é crime de preconceito análogo ao racismo, devido à ausência de legislação sobre o tema. C

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