Através de um ofício enviado ao sindicato dos servidores municipais de Araranguá, a prefeitura informou o cancelamento da proposta feita aos trabalhadores da Administração Municipal na última segunda-feira, 21. Segundo o documento o executivo alega que apesar de todas as conversas, a categoria resolveu manter o estado de greve e que a manifestação no início dessa semana na Câmara de Vereadores foi o ato final para o encerrar as negociações.

Nessa última proposta a administração oferecia 8% de reajuste salarial e 15% de aumento no vale alimentação. Com o cancelamento a prefeitura mantém o reajuste de 5,3% concedido em primeiro de janeiro de 2022. 

“Mesmo com as negociações avançando com tranquilidade fomos surpreendidos com o estado de greve, mas tudo bem, superamos isso. Mantivemos abertas as propostas e avançamos nelas. Mas na última segunda-feira, 21, após termos protocolado uma nova proposta, e ter pessoalmente a garantia do prefeito que aqueles profissionais que ganham menos de um salário mínimo teriam a situação resolvida, fomos novamente surpreendidos com uma manifestação na câmara de vereadores. Reivindicaram até mesmo esse salário mínimo sem necessidade, já que a questão, que é uma herança de administrações anteriores, já estava definida com promessa pessoal do prefeito. Então diante desses fatos decidimos encerrar a negociação, já que não estava surtindo efeito e quanto mais proposta nós fazíamos, mais negativa era a reação do sindicato. O que vai ser concedido aos servidores nesse momento é o reajuste que já foi concedido em primeiro de janeiro. Então eles já tiveram o reajuste no salário desse ano que é o 5,3%”, afirmou Daniel Menezes, procurador do município de Araranguá. 

A presidente do sindicato dos servidores municipais de Araranguá, Simoni Zilli, defendeu as ações feitas até o momento pela categoria. “Ficamos surpresos pois no documento não argumentaram a falta de orçamento, eles argumentaram simplesmente um ato. Foi um ato pacífico assim como os secretários estiveram na mídia para defender o salário deles e receberam o reajuste, também fomos à câmara defender o salário dos servidores, mas volto a reforçar, foi um ato pacífico”.

Simoni também alega que precisa seguir normas para apresentar novas propostas aos servidores. “No documento a prefeitura alegou que não foi repassada para a categoria a última proposta de 8% de reajuste salarial e 15% no vale alimentação, mas é que a assembleia vai acontecer agora na sexta-feira (25), e eu não posso chamar uma assembleia antes, eu tenho que respeitar o estatuto do sindicato. O sindicato também vai se manifestar sobre o documento, pois entendemos viver em uma democracia. O diálogo é sempre o melhor caminho e vamos continuar conversando”.         

Veja ofício da prefeitura pondo fim a negociação:

Ouça as informações no podcast: