Natural de Timbé do Sul, o empresário César Aguiar trabalhou em cartório e soube aproveitar as oportunidades, tornando-se um dos grandes nomes da construção civil. Chegou a Criciúma aos nove anos, deixando sua terra natal, onde segundo ele, viveu suas melhores lembranças. Na cidade nova não demorou para que começasse a trabalhar. Essa história foi contada no Nomes & Marcas deste sábado (28).

Ainda jovem, começou como office-boy em um cartório, a vaga foi conseguida após cuidar de uma égua que pertencia ao tabelião do local, na época trabalhava meio período, já que estudava. Aos 16 anos, surgiu uma vaga para ampliar suas funções no cartório, onde ficou por 21 anos.

“O cara quando ele chega num emprego, quer almejar alguma coisa. Qual era meu objetivo? Era ser escrevente juramentado, que era o Acácio Villain. Eu fiquei em segundo plano, o Acácio saiu para eleição e surgiu a vaga, então foi encaminhado ofício ao juiz, tinha que ver se ele iria voltar, então não realizei esse sonho”, contou.

Após alguns desentendimentos, foi morar em Curitiba. Em uma viagem de passeio a Criciúma, recebeu convite para voltar ao cartório. Tempos depois, abriu uma empresa de construção, junto com o engenheiro Marinho Luz, mantendo em paralelo as atividades do cartório. Isso aconteceu em meados da década de 1980.

“É legal, até hoje eu gosto muito. Quando começa um prédio, um condomínio fechado, agora estamos mais especializados em condomínio fechado. Eu gosto quando começa a limpar o terreno, quando tu vê tá aquela beleza ali”, disse o empresário. 

Com o desenvolvimento da empresa, chegaram a fazer algumas construções em Florianópolis, levando profissionais de Criciúma. Foram tantas obras que César Aguiar não sabe o número exato, mas revelou que já são mais de 300 mil metros² construídos. O próximo lançamento será em Balneário Rincão.

A empresa, que possui ainda os sócios Zé Augusto Esteves e Paulo Luz, teve dois períodos de virada, sendo o primeiro durante o Plano Real, em 1994 e o segundo quando passaram a investir em condomínios residenciais. Criciúma cresceu tanto que César pensava que a cidade passaria Joinville. “Em 94 veio o plano Fernando Henrique Cardoso, com o dólar baixando, ficou um juro real, não tinha inflação. Era uma coisa absurda”.

O empresário citou os três pontos que considera fundamental para o empreendedorismo. “É preciso feeling, determinação e um pouco de sorte”, definiu. Outra questão importante é manter capital de giro na empresa. “Se uma empresa fatura R$ 7, 8 ou 10 milhões, ela tem que ter R$ 20 milhões de capital de giro”, completou César Aguiar.