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Capítulo 4 - Felipe Schmidt

Os homens que governaram Santa Catarina
Por Archimedes Naspolini Filho Criciúma - SC, 28/11/2018 - 09:05 Atualizado em 29/11/2018 - 12:48

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Felippe Schmidt nasceu em Lages, dia 4 de maio de 1859, filho de Johann Schmidt e Felisbina Michels Schmidt. Era primo-irmão de Lauro Severiano Müller, que o sucedeu em seu primeiro governo. Casado com Lacínia Alvin Schmidt. Dessa união nasceram três filhos: Oscar, Jorge e Célia.

Em 1876 ingressou no Exército, cursando a Escola de Artilharia no ano seguinte. Em 1883 cursou o Estado Maior e de Engenharia Militar, sendo destacado para a construção da estrada de ferro Madeira-Mamoré. Em 1885 foi nomeado Ajudante de Ordens do governador do Paraná, Visconde de Taunay.
Promovido a Major em 1892, a Tenente Coronel, em 1900, a Coronel, em 1909 e a General em 1918.

Diretor da Colônia Militar de Chapecó e integrante da expedição legalista no Paraná, distinguiu-se no “Cerco da Lapa”. O Cerco da Lapa foi um episódio militar que ocorreu durante a Revolução Federalista em 1894, quando a cidade de Lapa-Pr tornou-se arena de um sangrento confronto entre as tropas republicanas, os chamados pica-paus, e os maragatos, contrários ao sistema presidencialista de governo. (Wikipédia) 

A Colônia Militar de Chapecó foi fundada em 14 de março do 1882, em área então subordinada à província do Paraná, onde atualmente situa-se o município catarinense de Chapecó e municípios vizinhos. (Wikipédia) 

Em 1890 foi eleito para a Câmara Federal, por Santa Catarina, quando denunciou o então governador Manoel Joaquim Machado e ocasionou a sua renúncia.
Foi governador de Santa Catarina por duas vezes: a primeira, de 28 de setembro de 1898 a 28 de setembro de 1902, recebendo o governo de Hercílio da Luz passando-o a Lauro Müller. A segunda, de 28 de setembro de 1914 a 28 de setembro de 1918, substituindo Vidal Ramos e entregando o governo a Hercílio Luz, então vice-governador, pois Lauro Müller, o governador eleito, não assumiu.

Durante o exercício do segundo governo várias vezes foi substituído interinamente: Antônio Wanderley Navarro Pereira Lins, na qualidade de Presidente do Tribunal de Justiça, João Guimarães Pinho, como presidente do Congresso Catarinense (Assembleia Legislativa) e Antônio Pereira da Silva Oliveira, Vice-Governador.
Entre um governo e outro, Felippe Schmidt foi eleito senador da República, sendo reeleito em 1909, exercendo o mandato até 1911.
Encerrado o segundo mandato de governador foi reeleito senador e cumpriu o mandato até 1930, quando faleceu.

Durante suas várias administrações preocupou-se com a ligação viária entre as várias regiões de Santa Catarina, principalmente a as estradas de ligação entre Itajaí e Curitibanos, Florianópolis com Lages e Tubarão com São Joaquim. 

Ligado aos problemas da instrução pública, principalmente com o ensino médio, incentivou – também – o ensino agrícola.
Enfrentou, corajosamente, os problemas de divisas entre o nosso e o estado do Paraná.

Também, em tal período, enfrentou a Campanha dos Fanáticos (Guerra do Contestado) finalizada com a intervenção de forças federais. A Guerra do Contestado foi um conflito armado entre a população cabocla e os representantes dos poderes estadual e federal brasileiro travado entre outubro de 1912 a agosto de 1916, numa região rica em erva-mate e madeira, disputada pelos estados brasileiros do Paraná e de Santa Catarina (Planalto Norte). 

Felippe Schmidt possuía o título honorífico da Imperial Ordem da Rosa, criada em 27 de fevereiro de 1829, pelo imperador D. Pedro I, para perpetuar a memória de seu matrimônio, em segundas núpcias, com Dona Amélia de Leuchtenberg e Eischstädt.

Faleceu no Rio de Janeiro em 9 de maio de 1930.

Felippe Schmidt é nome de inúmeras vias, próprios e logradouros públicos em diversas cidades de Santa Catarina.
Bibliografia: Corrêa, Carlos Humberto, Os Governantes de Santa Catarina de 1739 a 1982, Editora da UFSC, 1983; Arquivo Público de Santa Catarina; Wikipédia, Internet; Governo do Estado de Santa Catarina. 
Contato com o autor: [email protected]Í

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