Câmara de Içara discute implantação de escola cívico-militar no município

A implantação de uma escola cívico-militar em Içara foi tema de discussão na Câmara Municipal durante o horário político da sessão ordinária desta terça-feira (18). Os militares da reserva Capitão Sedinei de Oliveira (Exército Brasileiro) e Suboficial Renato Alberto Viana (Marinha do Brasil) participaram do encontro para explanar sobre o modelo e os benefícios da metodologia, que tem como proposta melhorar a qualidade da educação e contribuir para a formação humana e cívica dos estudantes.

O Capitão Sedinei de Oliveira relatou a experiência na Escola Joaquim Ramos, no bairro Michel, em Criciúma, onde atuou por dois anos e meio, entre 2021 e 2023, junto a um efetivo de 12 militares. “Quando chegamos encontramos uma escola com extrema dificuldade, a escola foi reformada, haviam 350 alunos e com o programa nacional alcançou 650 alunos, obtendo resultados positivos no IDEB”, informou. Segundo ele, mais de 600 escolas cívico-militares funcionavam no Brasil até 2023, quando o programa foi extinto pelo atual governo federal. “Em função dessa extinção, onde haviam as escolas, os governos estaduais e municipais se organizaram e trouxeram para suas responsabilidades”, completou.

Oliveira explicou que não é necessário criar uma nova instituição para adotar o modelo, já que qualquer escola da rede regular pode implementar a metodologia cívico-militar. “A escola não é militarizada, não é doutrinada, são aplicados valores como o civismo, lealdade e disciplina que são exacerbados, valorizados e colocados à prova no dia a dia”, destacou.

Para o capitão, Içara tem potencial para fortalecer ainda mais a educação com a implantação de uma unidade nesse formato. “A cidade poderia ter uma escola cívico-militar de referência. Várias cidades que implantaram de forma municipalizada estão ampliando suas unidades”, defendeu.