A Câmara de Vereadores encaminhou por unanimidade uma emenda que prevê a destinação de parte orçamentária para as obras do Porto Seco, há muito discutido, mas que ainda não saiu do papel em Criciúma. De acordo com o vereador Miri Dagostim, presidente da Câmara, a emenda ainda precisa ser melhor detalhada, dependendo que o Sindicato dos Trasnportadores (Setransc) encaminhe o orçamento atualizado das obras. Uma vez finalizada, a emenda será apreciada pelo executivo, que define para onde as verbas do legislativo podem ou não ser encaminhadas. 

"A  Câmara pode fazer uma indicação, mas o dinheiro é do executivo que determina se pode ser destinado. As emendas ainda podem ser vetadas. Não tem uma definição. Nós Estamos aguardando o Setransc enviar a orçamento de toda a obra. Conversamos também com o Lucas Esmeraldino (secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado) na semana passada para apresentar ao governo essa obra", falou Miri.

A intenção dos vereadores é na sexta-feira receber o projeto do Setransc. O presidente do sindicato, Lorisvaldo Piucco, planeja entregá-lo ainda nesta semana. De acordo com Lorisvaldo, o primeiro orçamento é de 2009, com o valor de R$ 3 milhões. Atualmente, a projeção é de que o valor pode até ultrapassar os R$ 6 milhões.

"Essa semana deve ser encaminhado o projeto atualizado. Em 2015, a obra era estimada nos R$ 5,6 milhões", detalha Piucco. O projeto do Porto Seco prevê o asfaltamento de 3,9 quilômetros de ruas, incluindo 2 quilômetros de pista dupla.

"Nós também estamos pleiteando verbas no Estado e em Brasília. Vamos ver se conseguimos tirar esse porto seco do papel. Precisamos desse impulso inicial, que a prefeitura coloque máquinas trabalhando no asfaltamento, para voltar a credibilidade", aponta Piucco. Ele acrescenta que o sindicato poderá contribuir com R$ 1 milhão para as obras, recursos adquiridos por meio da venda dos 29 terrenos que o Setransc tem no local.

A ideia do Porto Seco é criar um local de carga e descarga em Criciúma, em uma área de 580 mil metros quadrados no bairro São José, na divisa com Içara. Cerca de 50 empresas já tem terreno no local, que poderá servir também para a instalação de indústrias, desafogando o tráfego de caminhões, atrás de carga, no centro da cidade. "Nossa vontade é para o ano que vem começar essas obras, já estamos atrás de construtoras", concluiu Piucco.