Balonismo brasileiro conquista certificação inédita da ANAC

Em uma conquista inédita para o setor de balonismo no Brasil, a empresa paulista Rubic Balões se tornou a primeira do país a receber o Certificado de Operador Aéreo (COA) da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Publicada no Diário Oficial da União no último dia 29 de agosto, a autorização permite que a empresa realize voos de experimentação com balões de fabricação própria, os modelos BRA-56 e BRCS-18. A medida é vista como um marco regulatório, alinhando o setor aos padrões internacionais e reforçando a segurança da atividade.

Para o piloto e vice-presidente da Associação de Pilotos e Empresas de Balonismo (Avibaq), João Justo, cohecido como João do Balão, o passo dado pela ANAC fortalece a credibilidade da atividade. “Representa um caminho mais sólido e concreto, que transmite confiança a quem vive a experiência conosco. A regulamentação vai trazer mais fiscalização e, quanto mais rígida ela for, melhor para o setor. Isso garante que a segurança e a confiança no balonismo se mantenham em alto nível”, destacou.

O novo cenário exige das empresas adequações que equiparam os voos de balão a operações aéreas certificadas. Pilotos devidamente qualificados, aeronaves registradas, manutenção rigorosa e seguros obrigatórios estão entre os critérios que passam a ser reforçados pela fiscalização. “Eu sempre falo, tem que ter medo de fiscalização quem não está correto, não tenho medo nenhum e acho muito importante. Quanto mais fiscalização, melhor, e que a credibilidade e a confiança no nosso esporte possa voltar a mil por cento”, enfatiza.

Segundo Christian Kalousdian, piloto, instrutor, examinador e gerente operacional da Rubic Balões, a certificação é resultado de décadas de trabalho. “Ela simboliza o esforço de quase 40 anos da nossa família no balonismo, esse reconhecimento só foi possível porque cumprimos três pilares fundamentais, que são aeronaves certificadas, pilotos qualificados e procedimentos operacionais detalhados que garantem a máxima segurança dos passageiros. É um marco que eleva o balonismo brasileiro a um novo patamar”, concluiu.

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