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As histórias de Paulo Baier e a relação com Criciúma

Técnico do Próspera pela segunda vez, ele estreia pela Série B do Estadual no próximo sábado
Por Marciano Bortolin Criciúma, SC, 28/10/2020 - 10:59 Atualizado em 28/10/2020 - 11:51
Fotos: Luana Mazzuchello / 4oito
Fotos: Luana Mazzuchello / 4oito

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O dia era 7 de dezembro de 2002. A chuva caía forte na tarde daquele sábado em Criciúma, mas o Tigre tinha uma grande missão: reverter o placar adverso de 2 a 0 sofrido para o Fortaleza na partida de ida pela final da Série B e levantar a taça. Difícil, sim. Mas não impossível. Ainda mais quando se tinha em campo um jogador que estava deixando os eu nome na história do clube: Paulo César Baier, ou somente, Paulo Baier. 

Ainda como lateral-direito, com o número 2 nas costas, o jogador balançou as redes três vezes naquela goleada de 4 a 1, ajudando o Carvoeiro naquela conquista. Depois, Baier vestiu a camisa de clubes como Goiás, Palmeiras, Atlético-PR, entre outros, mas quis o destino que ele voltasse para Criciúma, mas desta vez não no clube do Bairro Comerciário, mas sim do bairro Próspera, não como jogador, mas como técnico. A passagem vitoriosa de 2002 foi relembrada durante entrevista ao jornalista Denis Luciano e ao narrador Mário Lima, no Programa Agora, da Rádio Som Maior. 

No vídeo, o jogo histórico e os três gols de Paulo Baier:

 

Mário Lima, inclusive, recordou que durantes o jogos passou a chamar o então Paulo César de Paulo César Baier porque havia um jogador com o mesmo nome no elenco, mas que Paulo César Baier ficou muito extenso, reduzindo para Paulo Baier.

A chegada à Criciúma também foi contada pelo ex-jogador e hoje técnico. “Estava no São Luiz de Ijuí e briguei com o empresário. Quando estava jogando, você liga e ele atende, quando está na reserva, não atende. Depois fui para o Pelotas e duas partidas para acabar a Sul Minas, estava contratado pelo Criciúma e fizemos aquela campanha maravilhosa e os três gols na final”, falou Paulo Baier.

Retorno ao Próspera

Ele já passou pelo Esporte Clube Próspera em 2018, quando o time subiu da Série C para a Série B do Campeonato Catarinense e agora retorna para ajudar o clube a ascender à primeira divisão estadual. A estreia é diante do Fluminense de Joinville, no próximo sábado, 1º, no Estádio Mário Balsini. “Tinha um outro técnico, não sei o que aconteceu e surgiu a oportunidade de eu ir para Minas Gerais, onde o Próspera estava treinando, para avaliar, para trazer jogadores. Agora estamos treinando na Casa Lar, em Araranguá. Estamos fazendo uma pré-temporada mesmo, com profissionais, pessoas sérias, organizadas. Se não tiver organização não anda”, comentou.

A Série B do Estadual será um campeonato curto que irá durar apenas um mês. “Sempre falo que é um torneio, nove jogos, não tem returno. Uma preparação boa, estamos formando um om time e acredito que faremos uma campanha boa”, disse.

Baier comandou o Próspera no título da Série C do Estadual em 2018 

Reforços

Paulo Baier destacou ainda que o elenco está reforçado para a competição. “Como a divisão de acesso do Rio Grande do Sul foi cancelada, eu trouxe cinco jogadores que eu conhecia. A gente trouxe o Jessé de volta, Galhardo que já jogou no Náutico. Temos bons jogadores mesclados com juventude. O Roberto é o goleiro, com muita experiência, liderança. A hora que tu precisa dele, ele comparece. O trabalho que estamos fazendo é muito bom e estão comprando a ideia. O espírito é de mutia disposição para treinar, para jogar. Eu como técnico aprendo a cada dia, cada jogo, optei por começar de vagar. Quando chegar em um clube quero ficar dois, três anos”, enfatizou.

A organização está dentro e fora do gramado, afirma Baier. “O campo está um tapete, o estádio está bonito, pena que não vai ter torcida. O projeto é grandioso, estamos todos só dias conversando, projeto bem bacana. Se der tudo certo de subir, trocar todo o gramado, evoluir. Gosto muito de Criciúma e é uma alegria treinar o Próspera, o ambiente da cidade me satisfaz”, comentou o técnico que treinou cinco clubes na carreira.

Apresentação do técnico em setembro de 2020 

Inspirações

Paulo Baier ainda falou dos técnicos que lhe inspiram. “Eu vejo muito jogo do Sampaoli, para mim é legal, um aprendizado trazer coisas de fora, motiva os treinadores de fora, para não ficar na mesmice”, relatou. Na época, naquela Série B de 2002, Baier diz que ele e Cléber Gaúcho eram como dois técnicos dentro de campo e lembra do treinador daquele time, Edson Gaúcho. “Ele foi muito importante na construção daquele time. Foi uma das pessoas importantes para nós. Para mim também foi importante o Geninho, no Goiás; Wagner Mancini, no Atlético-PR e o Tite, no Palmeiras. É impressionante o trabalho dele, a motivação”, destacou.

A chegada em Criciúma

A chegada em Criciúma ocorreu por acaso. “Eu estava no São Luiz, fui jogar contra o Caxias, o pessoal do Criciúma foi ver o Fábio, e eu arrebentei no jogo. Daí falaram que não queriam mais o 3, mas sim o 2”, relatou se reportando aos números das camisas. 

Depois da sua última passagem pelo Tigre, Baier foi para o Ypiranga de Erexim, Juventude e encerrou no São Luiz de Ijuí. “É difícil começar e encerrar no mesmo, e eu consegui. O São Luiz deu esta oportunidade que poderia ter sido dada por outros clubes”, destacou o técnico que durante oito anos sustentou o recorde de gols da era dos pontos corridos do Campeonato Brasileiro. Foram 106 durante a carreira. “Estou entre os dez maiores artilheiros dos pontos corridos, e é muito legal deixar um legado”, pontuou.

A homenagem pelos 150 jogos com a camisa do Tigre, em 2014, diante do Londrina, pela Copa do Brasil

Foram dois títulos com camisa tricolor, o Campeonato Catarinense de 1998 e o Campeonato Brasileiro da Série B em 2002.  Foram três passagens pelo Estádio Heriberto Hülse: 1997-1998, 2002-2003 e 2014.

A história construída em Criciúma não se apaga e Baier e muitos torcedores guardam com carinho o que ele fez pelo clube. Ao chegar na Rádio Som Maior na manhã desta quarta-feira, Baier já encontrou o torcedor Diego Bitencourt, que o aguardava para autografar a camisa comemorativa dos a dos 150 jogos pelo Tigre.

Torcedor, Diego Bitencourt, foi ao estúdio da Som Maior para Paulo Baier autografar a camisa dos 150 jogos pelo Tigre

Ouça a entrevista no podcast do Agora:

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