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Aprasc cobra reposição salarial aos agentes de segurança pública

Governo do Estado emitiu nota indicando possibilidade de diálogo, mas relembrou a situação financeira de Santa Catarina
Por Heitor Araujo Florianópolis - SC, 25/10/2019 - 16:44 Atualizado em 25/10/2019 - 16:45
Praças do Estado estiveram na Alesc nesta semana pedindo reposição salarial (Foto: Sandra Domit / Aprasc)
Praças do Estado estiveram na Alesc nesta semana pedindo reposição salarial (Foto: Sandra Domit / Aprasc)

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Agentes da segurança pública negociam com o governo estadual a possibilidade de reajuste salarial às categorias. Os servidores reclamam que estão há seis anos sem reposição da inflação e tiveram uma perda salarial de 37% desde 2013.

O governo do Estado lançou uma nota nesta sexta-feira, 25, na qual esclareceu que está de portas abertas para o diálogo com os agentes de segurança e que reuniões vêm acontecendo. No entanto, não prometeu qualquer reajuste, apenas comprometeu-se a continuar "trabalhando por um bom desfecho sem se afastar da realidade financeira do Estado". 

O presidente da Associação dos Praças do Estado de Santa Catarina (Aprasc), que representa os policiais militares e o os bombeiros militares, João Carlos Pawlick, aguarda novos encontros com o Estado para a semana que vem. Foi prometido pelo governo ao menos a indicação de um caminho, assim que a PEC 06 e o PL 1645, que trata da proteção social dos policiais militares, fossem tratadas no Legislativo Federal

"Vamos entrar em contato com a secretaria de Administração, pois nos prometeram que assim que passasse a PL e a PEC, que eles voltariam a chamar as entidades para uma conversa, que aí teriam os dados para falar de como seria essa reposição", pontuou Pawlick. 

Segundo o presidente da Aprasc, a reivindicação é de que pelo menos seja reposta a perda salarial relativa à inflação dos últimos seis anos, que poderá chegar a 42% em janeiro do ano que vem. "Tem policial tendo que fazer bico, se mudando para áreas mais marginalizadas, eles sofrem o impacto do crime organizado. Hoje tem filho de juiz que vai pra fora do país pra não sofrer pressão, mas o filho do policial estuda ali no mesmo bairro", alerta Pawlick.

O salário base do Policial Militar hoje é de R$ 3,4 mil em Santa Catarina, com as bonificações. O ideal, de acordo com Pawlick, "seria de R$ 7 mil, como é em Brasília".  A legislação impede que a Polícia faça greve, por ser militar. A intenção da Aprasc é sensibilizar a população sobre as demandas dos policiais militares. 

"Pode ser tabelado esse aumento, até o fim do mandato do governador, não precisa ser tudo na mesma hora. Ele (o governador Carlos Moisés) diz que pegou conta de cinco anos atrás, mas quando se entra tu pega o bônus e o ônus, então esse problema é dele também. Eles tem que achar uma solução para isso aí", avalia Pawlick.

Na nota divulgada, o governo relembrou as medidas administrativas e a "realidade financeira do Estado" e pediu união das classes para que uma solução seja apontada. Confira alguns trechos:

"No pequeno espaço de menos de dez meses à frente do Executivo estadual, adotamos inúmeras posturas com o escopo de dar transparência às ações do Estado. Rediscutimos os incentivos e as isenções fiscais, acabamos com as históricas Agências de Desenvolvimento Regional (ADRs), modernizamos a gestão pública e os processos de compra, estabelecemos um governo integrado e técnico, referenciamo-nos nacionalmente como um governo digital que facilita a vida das pessoas e permitimos as condições para o aumento de receitas, mesmo em um cenário adverso

Nos últimos anos, os comandantes e gestores das instituições da Segurança bem como as entidades representativas de classe pleiteiam reposição salarial, chancelados pela distância cronológica que os separa da última vez em que tiveram demandas atendidas.

Pelo exposto, ratificamos que continuaremos juntos, buscando bom desfecho para essa e para outras questões, sem jamais nos afastar da realidade orçamentária e financeira do Estado, tendo como premissa o respeito à representatividade dos gestores e das entidades de classe e o trato igualitário de todas as categorias da Segurança Pública".

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