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"Apesar dos 'raios', temos que seguir em frente", afirma Susana Naspolini

Jornalista criciumense, Susana Naspolini, foi a convidada do programa Do Avesso desta sexta-feira na Rádio Som Maior
Por Vitor Netto Criciúma - SC, 06/11/2020 - 19:32 Atualizado em 06/11/2020 - 19:35
Foto: Vitor Búrigo / Especial 4oito
Foto: Vitor Búrigo / Especial 4oito

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Há quem diga que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar. Susana também pensava assim, mas depois que passou por cinco cânceres, ela mudou um pouco a opinião. Porém, nem por isso ela tirou o seu sorriso do rosto, vontade de lutar e vencer esses 'raios'. Susana Naspolini foi a entrevistada do Programa Do Avesso desta sexta-feira, 6, na Rádio Som Maior. 

Jornalista por formação, teve passagens pela capital de Santa Catarina, por Criciúma, Joinville até chegar ao Rio de Janeiro, onde atualmente apresenta o RJ Móvel, um formato de jornalismo comunitário na capital carioca, na RJTV, afiliada da Rede Globo no Rio. Mas, além do seu sucesso nas telinhas da Globo, Susana enfrentou quatro cânceres ao longa da sua vida. Atualmente, ela luta pela cura do seu quinto câncer. 

"Eu acho que têm mais fortes, mais fracos e eles fazem parte da nossa vida. Não precisa ser um câncer, eles vão acontecendo no dia a dia. A vida não é cor de rosa, é difícil tem problema. Mas acima de tudo, ela é maravilhosa. Mas para estarmos vivos a gente tem que encarar ela. A forma é como lidar como eles. Não tem outra saída. A gente tem que aprender e lidar com eles de uma forma mais leve", enfatizou ao programa Do Avesso. 

Os seus 'raios'

O primeiro câncer foi aos 18 anos. Na ocasião, ela se submeteu a vários exames para se certificar de que não se tratava de uma metástase, já que o linfoma é um câncer que percorre o sistema linfático. A jornalista fez 12 sessões de quimioterapia e, logo na primeira semana de tratamento, ficou sem os cabelos. "Hoje a gente fala de câncer abertamente, é até uma forma de dar significado com tudo isso. É como se a gente estivesse dando um significado para tudo isso. Eu tinha 18 anos e não sabia o que era oncologista, por exemplo. Com 18 anos quem mais sofreu foram os meus pais", explicou. 

O segundo câncer foi aos 37, em 2010, quando teve um câncer de mama e precisou realizar uma mastectomia. Durante o tratamento do segundo câncer, se deparou com outro câncer, desta vez na tireoide. Em 2016 mais uma rajada. Ao fazer exames de rotina, descobriu um gânglio alterado na axila direita. Em janeiro deste ano, veio o quinto câncer. Ela ainda segue em tratamento, mas segue bem e com boa recuperação. "Aos 37, o meu pavor foi contar para a minha filha Júlia, que tinha 4 anos, mas ela tinha pai e pensava que se eu morresse ela não tinha com quem estar", comentou. "O meu quarto câncer o Maurício não estava mais, então eu não saberia o que poderia acontecer com ela caso eu não estivesse mais aqui", completou. 

Vida profissional

Formada em Jornalismo pela UFSC, Susana começou no SBT de Florianópolis, passou pela RBS de Criciúma e depois Joinville, até chegar numa afiliada da Globo no interior de São Paulo. Atualmente trabalha no Rio de Janeiro.

De maneira espontânea, ela conduz diariamente o “RJ Móvel”, quadro que já lhe rendeu muitos comentários na internet, com memes. No carnaval, muitas pessoas se fantasiaram de Susana Naspolini. Para ela, esse contato com os telespectadores é essencial. "Tem pessoas que se abrem comigo, que estão rezando. Esse contato é muito bom. Não podemos ter medo de mostrar fraqueza. Isso mostra que estamos precisando de ajuda", respaldou. 

Susana busca visitar a cidade todo ano. Neste com a pandemia, as visitas trimestrais ficaram mais difícil. Apesar de morar muito tempo no Rio de Janeiro, ela ainda sente saudades da 'terrinha'. 

Ouça a entrevista completa

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