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Alunos do Colégio Unesc põe a mão na argila

Oficina de cerâmica foi ministrada pela artista plástica Simone Milak e faz parte de uma atividade em parceria com a sala Edi Balod 
Por Redação Criciúma, SC, 07/07/2022 - 16:49
Foto: Daniela Savi/Agecom/Unesc
Foto: Daniela Savi/Agecom/Unesc

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 Os alunos do 1º ano do ensino Médio do Colégio Unesc tiveram uma experiência diferente nesta quinta-feira (07/07): eles participaram de uma oficina especial de cerâmica com a artista plástica e egressa da Universidade, Simone Milak. A atividade faz parte do Projeto de Extensão Sala de Aula / Sala de Exposição: Arte Contemporânea como Espaço de Formação da Universidade, em parceria com a disciplina de Artes, ministrada pela professora Francine Nazário.

Com o objetivo de oportunizar experiências com a linguagem da cerâmica artística, o contato com técnicas dos povos originários e conexões com história da arte, os participantes foram convidados a colocar não só a mão na argila, mas a exercitar a imaginação. Foi nas mesas do Ateliê de Cerâmica do curso de Artes Visuais, na Universidade, que os alunos puderam experimentar como é aplicar diferentes pressões na argila. Com muito cuidado e atenção, eles fizeram pequenas obras de arte, com direito a assinaturas.

Para chegarem nesse momento, conforme a professora Francine, os alunos passaram por diversas ações dentro do conteúdo intitulado "História da Arte". "Durante o semestre trabalhamos alguns períodos históricos e optamos por encerrar o semestre com uma atividade que tivesse relação com os ensinamentos propostos em sala de aula. A artista traz uma técnica dos povos originários, algo que já havíamos trabalhado ao longo do semestre em outras perspectivas, aspectos e características. Encerramos com essa proposta trazendo essas técnicas para contemplar o que desenvolvemos no decorrer do semestre unindo a teoria com a prática", comentou a professora.

O projeto propõe a realização de ações que integrem os espaços da sala de aula e sala de exposição, explorando o caráter interdisciplinar da arte contemporânea como espaço de formação para professores e alunos.

Técnicas

A técnica utilizada pela artista foi de modelagem "acordelado", também conhecida como cobrinhas ou rolinho, uma prática que tem referência nas técnicas dos povos originários. No segundo encontro, planejado para o início do próximo semestre, será realizada a queima em fogueira aberta, ao ar livre, também uma técnica dos povos originários.

Para a artista, as experiências e referências adquiridas na Unesc foram impulsos para seguir com a arte dos povos indígenas. Hoje, além do ateliê, Simone realiza diversas oficinas. "Essas vivências foram muito importantes. As técnicas adquiridas durante meu estágio dentro do Setor de Arqueologia da Unesc, foram essenciais para utilizar no meu trabalho de arte. E hoje, compartilho essas experiências e pesquisas que realizo. Isso é gratificante", disse Simone.

Segundo ela, a cerâmica, por mais que seja uma atividade antiga, poucas pessoas têm conhecimento da arte de fazer e das técnicas utilizadas. "É muito satisfatório poder compartilhar tudo que venho pesquisando nesse tempo que já soma quase 20 anos de trajetória dentro da cerâmica", enumerou.

A aluna do colégio Yasmin Bonassa Ronsoni, estava atenta a cada detalhe e relatou que a experiência foi incrível, tanto que reproduziu três peças. "Essa experiência é legal e interessante. Aqui temos a oportunidade de vir, pensar e fazer", comentou ela, que fez, atentamente, uma caneca e dois potes.

Quem também analisava com carinho cada detalhe do projeto, era Uendel de Souza. "Achei interessante. Gostei de fazer, criar e adorei o resultado do meu trabalho", disse.

Débora de Oliveira Borgert já tinha tido a experiência com argila em outras aulas de Artes que teve, mas não escondeu a satisfação com a atividade proposta. "Me inspirei num recipiente com bordas diferentes", mostrou.

"O projeto não pretende apenas potencializar a atuação da Sala Edi Balod como um espaço de educação, mas também de ativar a escola como um espaço de arte, colaborando com a formação de alunos e professores mais sensíveis, criativos, colaborativos, autônomos, críticos; cidadãos com capacidade de ler o mundo sob uma ótica transformadora", acrescentou a curadora da Sala Edi Balod, Daniele Zacarão.

A proposta do projeto de extensão teve ainda visitas a exposições, encontro com artistas e curadores, oficinas de criação e a realização de uma exposição coletiva.

A coordenação da atividade também contou com a participação da professora Aurélia Regina de Souza Honorato, com apoio dos bolsistas Ana Maria Ghellere e Maria Júlia Nandi Amboni.

Sobre a artista:

Simone Milak é Bacharela em Artes Visuais da Unesc e Técnica em Cerâmica Artística Artesanal. Atua em ateliê e dedica-se à pesquisa técnica e poética da cerâmica, além da produção de cerâmica. Ministra oficinas e participa de exposições coletivas, entre elas estão a Edição do Projeto Armazém que ocorreu na Universidade em 2017, Bienal da Cerâmica, em São Paulo em 2018 e a 14ª Bienal de Curitiba, no ano de 2019.

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