A tendência é de que a greve dos Correios tenha maior adesão a partir de quinta-feira. É o que afirma o diretor de política sindical do sindicato dos Correios de Criciúma, Samuel de Matos. 

Ele garantiu, no fim da tarde desta quarta-feira, 11, que a empresa não opera normalmente neste momento de greve, ao contrário do que afirma a estatal. "Na prática a gente vai ter uma redução salarial, com o corte de diversos benefícios. Além de não ganhar reposição da inflação, teremos a redução salarial. Isso tem levado a categoria a uma das maiores greves dos últimos anos. A empresa não tá funcionando normalmente, isso é mentira. Amanhã a adesão deve ficar mais forte. Queremos que a empresa sente para negociar conosco", apontou Samuel.

Ainda de acordo com o diretor do sindicato, a empresa encerrou negociações de reajuste salarial e a diretoria trabalha para forçar o processo de privatização da estatal, que já foi referência no serviço público. "Se fala em recuperar a empresa, mas não é o que a gente tem visto pela direção da empresa. A própria direção forçou a greve para ajudar no processo de privatização. Se cria esse desgaste dos Correios com a população, justamente por essas dificuldades que a gente vem passando", afirmou.

"A negociação com a empresa tá muito difícil. A gente adiou a greve por 30 dias para tentar fechar o acordo coletivo, mas não teve nenhum acordo. Pedimos mais 30 dias e a empresa não quis essa negociação", finalizou Samuel.