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Acidente com balão em Praia Grande não teve causa humana, conclui Polícia Civil

Inquérito foi encerrado sem indiciados

Por Redação Criciúma, 08/10/2025 - 07:11 Atualizado em 08/10/2025 - 17:53
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

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O acidente que matou oito pessoas e deixou 13 sobreviventes em Praia Grande, no extremo Sul catarinense, em 21 de junho de 2025, não foi provocado por conduta humana, seja dolosa (intencional) ou culposa (por negligência, imprudência ou imperícia), concluiu a Polícia Civil de Santa Catarina. Segundo as informações repassadas pela polícia, com base nas provas periciais e depoimentos colhidos, o inquérito foi encerrado sem indiciamentos.

A investigação foi conduzida pelo delegado Rafael de Chiara, titular da Delegacia de Santa Rosa do Sul, com apoio de outras unidades da região e de órgãos periciais. Mais de 20 pessoas foram ouvidas, incluindo sobreviventes, testemunhas, o piloto e representantes dos fabricantes do balão e do extintor que estava a bordo.

A polícia também destacou que diversos laudos técnicos foram produzidos para esclarecer as causas e circunstâncias do acidente, entre eles exames de necrópsia, identificação por arcada dentária, análises de substâncias nas vítimas, perícia em parte de óculos de sol que poderia conter gravação do voo, criminalística de local e laudo de engenharia.

Diante da ausência de elementos que indiquem crime, a Polícia Civil, então, concluiu o inquérito sem responsabilizações penais.

Entenda o que causou o incêndio 

De acordo com o relatório final, as perícias indicaram que o incêndio teve início quando uma chama atingiu a capa de proteção de um dos cilindros de propano, provocando uma queima rápida e intensa. O fenômeno foi explicado pela composição do material, que gerou o chamado “gotejamento flamejante”, favorecendo a propagação do fogo em poucos instantes.

Apesar de a perícia apontar a ação de uma chama aberta como causa do incêndio, o inquérito não encontrou provas suficientes de que houve conduta humana dolosa ou culposa que tenha provocado o sinistro. O acendedor auxiliar (maçarico), que poderia estar relacionado à ignição, foi encontrado dias após o acidente, fora de guarda oficial, o que rompeu a cadeia de custódia e impediu a comprovação de seu estado no momento do voo.

O relatório conclui que, embora o maçarico possa explicar o início do fogo, não foi possível comprovar o uso indevido do equipamento pelo piloto ou por qualquer outro ocupante. O trabalho da Polícia Civil contou com a colaboração da Polícia Científica de Santa Catarina e de órgãos aeronáuticos, garantindo ampla análise técnica e jurídica dos fatos.

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