Em março de 2018 aconteceu uma redução no número de linhas e itinerários dos ônibus que fazem o transporte público de Criciúma. A informação era de que o sistema poderia atender 1,5 milhão de passageiros, mas só 950 mil são transportados, então foi feito um enxugamento de 13%, para reduzir despesas.

Nos verões a Diretoria de Trânsito e Transportes (DTT) de Criciúma altera o horário do transporte coletivo, diminuindo ainda mais a oferta de ônibus. Marcelo de Jesus, que é bombeiro civil, tirou um tempo para contar o número de pessoas que entravam sem pagar no Terminal Central. O problema é registrado também no Pinheirinho e na Próspera.

“No Terminal Central não está tendo fiscalização, em 1h30min que eu fiquei ali durante a semana, entraram 11 pessoas a pé, embarcaram nos ônibus sem pagar passagem e saíram sem problema nenhum. Eu chamei um responsável do Terminal, que disse não competer a ele. É um risco, porque o ônibus pode atropelar o pedestre e é um desrespeito com quem paga em dia”, disse.

A reportagem entrou em contato com o síndico do Terminal Central, Agnaldo Cerilo, que passou a responsabilidade para a ACTU. “No começo tinha mais gente que ficava naquelas guaritas, eles cuidavam bastante, mas há alguns anos já não tem mais”, comentou. “Tá um absurdo isso”, disse.

E o número de pessoas que entram sem pagar, seja passando por baixo das catracas ou pelo corredor de ônibus é elevado. “Nós temos as imagens, não é pouca gente não, geralmente são homens e eles entram com uma facilidade muito grande”, frisou.