O histórico rebaixamento para a Série B do Campeonato Catarinense abalou as estruturas do Criciúma Esporte Clube e vem gerando dúvidas, sobretudo, em relação a permanência ou não do atual presidente, Anselmo Freitas. A decisão final sobre se ele irá continuar ou não no cargo deverá ser tomada, no mais tardar, até a próxima segunda-feira, 26.

Na entrevista coletiva após a derrota para o Avaí, Anselmo já havia colocado o seu cargo à disposição. O empresário afirmou o impacto de não contar mais com Waldeci Rampinelli como diretor de futebol, mas que segue como presidente - por enquanto.

“O peso da queda da Série B do Catarinense foi muito grande e ele acabou desistindo. Sempre falei que se ele [Rampinelli] saísse, eu saía junto, porque nosso projeto foi junto. Mas pelo respeito que tenho ao clube, pelo respeito com o Criciúma, não poderia neste momento abandonar o clube”, afirmou Anselmo.

Ainda nesta quinta, Anselmo se reuniu com a diretoria e membros do Conselho Deliberativo de Criciúma para tratar sobre possibilidades e o futuro do clube. O presidente do Conselho, Carlos Alamini, afirmou que os conselheiros querem a permanência do empresário.

“Sem dúvidas. O Anselmo é um excelente empresário e profissional, ele conduziu da melhor maneira possível, tenho certeza disso e ele tem feito reuniões e temos acompanhado”, disse. “Entendo que ele coloca o cargo à disposição, temos que conversar bastante e buscar equilíbrio nessa hora, vamos convencê-lo, sem sombra de dúvidas, a continuar e buscar apoio para ele”, completou Alamini.

Sem condições para assumir o futebol 

Por diversas vezes, Anselmo afirmou que construiu um projeto para o Criciúma em conjunto com Rampinelli, sendo que as ações ficariam muito bem divididas: ele com a parte de gestão empresarial, e Waldeci com o futebol. Com a saída do diretor, o atual presidente afirma que não tem condições de assumir também o futebol do Tigre.

“Precisamos passar por esse período nebuloso porque eu, sozinho, não vou ter condições psicológicas, físicas e nem conhecimento para tocar o futebol do Criciúma. Precisamos pensar muito bem, eu posso não ficar como presidente mas sempre estarei ajudando o Criciúma”, colocou.

Mesmo com a dúvida em relação a permanência, o presidente destaca que já está ligando para ex-dirigentes e pessoas que entendem da gestão de futebol e que, mesmo que não venha a ser presidente do Tigre em um breve futuro, irá entregar um projeto com soluções.

Nada de técnico ou executivo até definição de permanência

Enquanto sua permanência ainda não é certa, o Criciúma não deverá contratar nem técnico e nem executivo de futebol. A Série C do Brasileirão começa no fim do mês de maio e, até lá, espera-se uma comissão técnica já formada.

“Primeiro eu preciso definir a situação do presidente, mas óbvio que não vou deixar de trabalhar nesse período. Se tiver um novo presidente, já quero entregar um trabalho em andamento, quero entregar os nomes de técnicos que já temos”, afirmou.