O coordenador técnico Evandro Guimarães está entre os profissionais desligados pelo Criciúma. Ele afirmou compreender a decisão da nova diretoria, destacando que mudanças de gestão costumam trazer novas ideias e direções, mas fez um alerta em relação ao curto prazo, especialmente pela proximidade da estreia na Copa São Paulo de Futebol Júnior.
“Não ficamos surpresos. No futebol, é natural que uma diretoria nova queira colocar suas ideias em prática. Tenho certeza de que a decisão foi tomada com planejamento”, afirmou. Evandro também elogiou o presidente Pedro Paulo Canella, a quem descreveu como “um torcedor nato, com as melhores intenções”, e reforçou a importância do apoio institucional neste momento.
Apesar disso, o coordenador demonstrou preocupação com o momento da mudança. Segundo ele, a demissão do técnico Gabriel Carvalho e a reformulação no comando técnico ocorrem a cerca de 17 dias da estreia na Copinha, o que pode impactar o desempenho da equipe.
“É muito pouco tempo para uma mudança de perfil técnico, de filosofia, de padrão e de conceito de jogo. Certamente isso pode ter algum efeito negativo em uma campanha em que o Criciúma foi semifinalista neste ano”, avaliou.
Evandro destacou ainda o legado deixado pelo grupo nas categorias de base. Entre os resultados citados estão a semifinal da Copinha, a vaga garantida na Série A do Campeonato Brasileiro Sub-20, o tricampeonato catarinense, a final da Copa Sul e a classificação para a Copa do Brasil Sub-20 de 2026.
“Hoje, o Criciúma é um time de Série A em nível de Sub-20. Isso facilita a captação de atletas e fortalece o projeto”, ressaltou.
Ao abordar sua atuação no clube, Evandro reforçou a importância do desenvolvimento individual dos atletas e da integração com o time profissional.
“Se você não revela jogador, está fadado ao fracasso. Todos os clubes dependem da venda de atletas. Não adianta ser campeão e não revelar ninguém”, afirmou.
Por fim, Evandro agradeceu aos profissionais com quem trabalhou, como Wilson, Valter Minotto e Serginho Lopes, e disse sair com a consciência tranquila.
“Fiquei apenas cinco meses. Foi o início da implantação de um modelo de trabalho. Agora é passar o bastão e torcer para que tudo corra muito bem. O Criciúma é muito maior do que qualquer pessoa: é uma cidade e uma região que merecem um 2026 melhor”, concluiu.
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