O executivo de futebol do Criciúma, Ítalo Rodrigues, concedeu entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (28) após a eliminação do clube na Copa Santa Catarina. O dirigente assumiu a responsabilidade pela queda, explicou o planejamento adotado para o torneio estadual e projetou a reta final da Série B, classificando o acesso como “obrigação”.
Logo na abertura, Ítalo fez questão de agradecer o técnico Amauri Barasuol, o auxiliar Gabriel Carvalho e toda a comissão envolvida na disputa da Copa SC. O dirigente afirmou que a eliminação “dói” e que o clube não deve fugir do termo “fracasso” pela saída precoce, mas lembrou que a estratégia adotada refletiu limitações financeiras e a prioridade estabelecida desde o início: o acesso na Série B.
“O Criciúma é eliminado de uma competição sem perder uma partida. Isso dói. Mas não adianta buscar desculpas. Era importante disputar, mas a Série B é o objetivo maior. O orçamento não permitiu dois grupos separados. Eu assumo essa responsabilidade".
O executivo foi taxativo ao tratar da campanha na Série B. Para ele, o acesso não é “quase obrigação”, mas uma obrigação plena.
“É obrigação, sim. Mas é obrigação para nós, para o Coritiba, para o Goiás, para o Novorizontino, para todo mundo que está brigando”, afirmou.
Ele ponderou, contudo, que a obrigação não pode ser confundida com desespero, e que o foco é manter o ambiente equilibrado e a execução jogo a jogo para consolidar o acesso em campo.
“Nove pontos muito provavelmente garantem o acesso. Mas não dá para pensar em Cuiabá ou Botafogo antes da Ferroviária. Se empatar lá, ainda temos três jogos para vencer e subir. É jogo a jogo.”
O dirigente também comentou a pressão financeira por vaga na Copa do Brasil, embora tenha destacado que o torneio não pode ser base para o orçamento.
“A Copa do Brasil projeta receita, mas garantido são 600 ou 700 mil reais. Não dá para planejar acreditando que vai avançar. A obrigação do acesso existe, mas existe para todos os que estão brigando".
Ítalo afirmou que a participação na Copa Santa Catarina será utilizada para análise de elenco e citou nomes da base que ganharam valorização, como Bidú e Hiago. O executivo disse que as rescisões ou permanências dos contratados serão definidas nos próximos dias.
Questionado sobre incentivos financeiros e mobilizações extras para a reta decisiva, Ítalo disse que o principal é blindar e dar segurança ao elenco, evitando passar sensação de desespero.
“Esse grupo abriria mão da premiação para subir. Eles querem entrar para a história. Nosso papel agora é ser porto seguro e manter o ambiente forte".
Sobre o técnico Eduardo Batista, Ítalo reiterou alinhamento, mas disse que renovações não serão tratadas publicamente neste momento.
“É improvável que ele não continue e improvável que eu não continue. Mas falar disso cria foco em 2026. Temos que viver o agora".
Ao encerrar, Ítalo reforçou confiança no grupo e pediu união na reta final.
“Se fizermos o que fizemos contra o Goiás, a vitória vai voltar a acontecer. É hora de energia positiva e foco total", concluiu.
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