Árvores derrubadas sobre ruas e veículos, além de milhares de consumidores sem energia elétrica, foram os principais efeitos dos ventos fortes que atingiram Criciúma e região na tarde desta terça-feira (19). A Defesa Civil contabilizou cerca de dez registros, a maioria relacionados à queda de árvores. “Três árvores caíram sobre carros e seguimos em atendimento a novos chamados. Agora mesmo estamos nos deslocando para o bairro Santo Augusto, onde uma árvore de grande porte tombou sobre a rua”, relatou o coordenador da Defesa Civil de Criciúma, Fred Gomes.
O fornecimento de energia também foi prejudicado. Mais de 3 mil unidades consumidoras ficaram sem luz após queda de uma árvore no Pio Correa, onde mais de mil unidades foram afetadas. A queda também atingiu os bairros Ceará, Centro, Cruzeiro do Sul, Mina Brasil, Próspera e São Simão . Conforme o gerente Regional da Celesc, Marcelo Oliveira, o serviço foi restabelecido em cerca de uma hora.
O maior registro de vento ocorreu no Balneário Rincão, com rajadas de 74,8 km/h, confirmou o climatologista da Epagri, Márcio Sônego. Apesar da intensidade, não houve danos no município. Em outras cidades, as rajadas passaram de 40 km/h, como em Urussanga e Jaguaruna, e chegaram a 60 km/h no porto de Imbituba.
Segundo Sônego, a ventania está associada à formação de um ciclone no sul do Rio Grande do Sul, entre a região de Rio Grande e o Uruguai, provocado por um sistema de baixa pressão atmosférica.
As equipes de emergência seguem em ação e a recomendação é de que moradores evitem permanecer próximos a árvores e estruturas vulneráveis durante o período de instabilidade.