O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta quarta-feira (11) para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro pelo crime de organização criminosa. A ministra Cármen Lúcia, ao proferir seu voto, por volta de 15h30, horário de Brasília, foi a responsável por consolidar o placar favorável à condenação.
A ministra fez um longo preâmbulo em que abordou não apenas a atuação de Bolsonaro em uma organização criminosa, mas também os crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e tentativa de golpe de Estado.
A ministra ressaltou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) conseguiu apresentar provas cabais da atuação coordenada de Bolsonaro e de seus aliados em uma estrutura organizada para tentar subverter a ordem democrática. "Concluo exatamente pela comprovação da organização criminosa neste caso, conforme o Procurador-Geral da República denunciou, comprovou e, nas suas alegações finais, reafirmou", afirmou Cármen Lúcia em seu voto.
Além de Jair Bolsonaro, também são julgados nesta sessão outros membros do que o STF considera o núcleo central da tentativa de golpe de Estado, Almir Garnier, Anderson Torres, Augusto Heleno, Mauro Cid, Paulo Sérgio Nogueira, Walter Braga Netto e Alexandre Ramagem.
Apenas o ministro Luiz Fux votou até agora pela absolvição de Bolsonaro, rejeitando todas as acusações. Seu voto foi proferido na sessão anterior, em uma exposição que durou o dia inteiro.
O julgamento segue em andamento, com expectativa de votação dos demais crimes atribuídos ao ex-presidente, entre eles:
Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
Tentativa de golpe de Estado
Dano qualificado ao patrimônio público
Deterioração de patrimônio tombado
Participação em organização criminosa armada
Informaçções do Portal G1: