O granizo registrado no Sul do estado na tarde deste domingo, segundo o coordenador da Defesa Civil da Amrec, Márcio Sônego, não ocasionou danos materiais nem humanos, mas sim às lavouras. “Não tivemos nenhum dano humano nem material, onde nós pudéssemos. Então, a nossa região Carbonífera passou sem danos. 

Municípios como Timbé do Sul e Morro Grande, no Extremo Sul, foram bastante atingidas. Leitores do 4oito enviaram fotos do prejuízo provocado nas lavouras em São Bento e Santa Luzia.

A Defesa Civil segue em alerta na região. “Nos próximos dias a gente vai ter que continuar acompanhando os serviços de meteorologia, principalmente o nosso meio oficial e também os órgãos federais porque nós vamos estar sob influência do ciclone tropical. Então, possivelmente a área litorânea próxima ao mar é que vai sofrer com um pouco mais de vento e veremos o que os meteorologistas vão colocar para a gente", diz.

Dia de trabalho intenso da Epagri

A Epagri da região terá uma segunda-feira de muito trabalho no levantamento dos estragos a  apoio aos produtores. “Ocorreu no domingo, o pessoal não estava trabalhando, mas hoje irão levantar as informações durante o dia. Tivemos estragos mais no período da tarde em Morro Grande, Nova Veneza, Timbé do Sul”, fala o diretor da Epagri, Edson Borba.

Ele fala ainda das culturas atingidas.  “Recebemos mais informações dos estragos na cultura do fumo que está em desenvolvimento agora. À noite e na madrugada, relatos de estragos em São João do Sul, Balneário Gaivota, Santa Rosa do Sul. As informações mais concretas de número de propriedades e culturas iremos levantar durante o dia. 

Borba também fala dos caminhos que os agricultores podem tomar para recuperar as perdas. “Propriedades que tem seguro, orientamos para os produtores da entrada e temos as linhas de apoio em situações de emergência, tanto os programas de subsídio de juros, entre outros. Mas agora é preciso fazer o levantamento da intensidade dos estragos”, pontua.

O prefeito de Timbé do Sul, Roberto Biava lamenta o que chama de “grande destruição”, principalmente nas lavouras de fumo e de milho do município da Amesc. “A gente também sabe que no município de Morro Grande, vizinho da gente, essa mesma tempestade foi forte e destruiu lá também e o restante do município, graças a Deus foi só as chuvas intensas, mas não deu pedra mais pedras localizada. Infelizmente, quem trabalha com o fumo e o milho teve esta destruição que é difícil de recuperar para esse ano. Ou seja, essas safras para esse pessoal estão perdidas”, cita.