Em questão política, parece unanimidade que o governo de Carlos Moisés (PSL) é diferente. Ao ponto de receber em sua base de apoio na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) um deputado do PDT e, dentre seus críticos, integrantes do próprio partido, que no âmbito nacional e estadual viveu momentos conturbados em 2019 e sofrerá grandes alterações em 2020, com a criação do Aliança Pelo Brasil, de Jair Bolsonaro. 

Quem está no bloco de apoio ao governador, de onze deputados, é Rodrigo Minotto (PDT). Ele fez uma avaliação positiva sobre o primeiro ano de Carlos Moisés como governador de Santa Catarina, inclusive com aprovação popular na casa dos 65%, em levantamento divulgado em junho deste ano.

"Eu tenho uma avaliação muito positiva. Ele é um governador republicano, ele não governa para um partido, mas para um estado. Santa Catarina é o segundo maior em empregos gerados em todo o país, tem o aumento em torno de 17% da receita e está colocando as contas em dia", disse Minotto ao Programa Adelor Lessa desta sexta-feira, 27.

Minotto apontou, ainda, a atenção que Moisés tem dado ao Sul do Estado. Citou a revitalização da rodovia Jorge Lacerda, pavimentação da Jacob Westrup, ponte sobre o Rio Araranguá, continuidade da SC-108 e investimentos de mais de R$ 25 milhões na Celesc. No âmbito estadual, Moisés aposta no aumento de receitas e de desenvolvimento de Santa Catarina.

"O governador fez uma reforma administrativa que nenhum outro governo teve capacidade e vontade de fazer. Fez uma economia significativa e trouxe mais investimento para as regiões, especialmente aqui no Sul. Ele esteve presente no Sul do Estado por duas ou três vezes trazendo anúncios importantes. É um governo que tem dado atenção ao Sul e ao Estado de Santa Catarina", afirma Minotto.

Grande parte do desgaste sofrido por Carlos Moisés com seus partidários na Alesc surgiu de um distanciamento com o bloco bolsonarista do PSL nacional, inclusive com o próprio presidente. O governador já deu declarações de que, apesar de apoiar Bolsonaro, era capaz de pensar por conta própria e que não tinha nada a falar sobre os filhos do presidente e esperava que eles também não o citassem. Minotto falou sobre essa oposição que criou-se entre Moisés e Bolsonaro. 

"Há uma diferença muito grande entre o governador e o presidente. Tem que ter a questão ideológica, mas tem que respeitar as diferenças e as opiniões contrárias, buscando sempre o desenvolvimento do nosso Estado. Você vê claramente um governo que tem a aprovação popular que é o Carlos Moisés e um governo que é reprovado pela população, que é o governo Bolsonaro", disse Minotto, referindo-se ao baixo índice de aprovação do governo federal: apenas 29%.