Ir para o Conteúdo da página Ir para o Menu da página
Carregando Dados...
FIQUE POR DENTRO DE TODAS AS INFORMAÇÕES DAS ELEIÇÕES 2024!

Queda na adesão do uso de máscaras em Criciúma preocupa, diz pneumologista

Segundo Renato, mesmo que 30% da população já tenha se contaminado, 70% ainda está suscetível à doença
Por Paulo Monteiro Criciúma - SC, 27/10/2020 - 07:51 Atualizado em 27/10/2020 - 07:52
Foto: Arquivo / 4oito
Foto: Arquivo / 4oito

Quer receber notícias como esta em seu Whatsapp? Clique aqui e entre para nosso grupo

Já faz aproximadamente um mês que a adesão pelo uso de máscara vem caindo em Criciúma, em plena pandemia do novo coronavírus. O número de novos casos e óbitos em decorrência da Covid-19 vem caindo na região carbonífera, que recentemente passou do risco potencial grave para alto. A queda no uso de máscaras por parte da população criciumense, no entanto, preocupa os profissionais da saúde.

“Apesar da redução do número de casos, o vírus está circulando entre a gente e a melhor maneira de evitar essa contaminação é o uso de máscara. É essencial que mantenhamos essas medidas, máscaras, álcool em gel e afastamento. O uso de máscara é fundamental neste momento ainda, com perigo de que daqui a pouco percamos todo esse tempo que tivemos com todas essas medidas”, reforçou o pneumologista Renato Matos. 

Segundo Renato, é preciso continuar se cuidando porque a porcentagem da população criciumense que ainda está suscetível ao vírus é alta, muito maior do que a que já foi contaminada. “Se 30% da população já teve contato com a Covid-19, ainda restam 70% de pessoas suscetíveis. São pessoas que, se tiverem contato, podem ter preocupações importantes, não sabemos como irá reagir em cada pessoa”, pontuou.

O pneumologista ainda reforça que há a possibilidade de que essa queda na adesão de máscaras se reflita na situação regional futuramente. Renato cita como exemplo os próprios países da europa que, com o vírus quase desaparecendo no continente, aumentaram as medidas e, atualmente, enfrentam uma segunda onda de contaminação.

No Brasil, com uma média diária de quase 600 óbitos, ainda não passamos por uma segunda onda. Segundo Renato, um aumento de casos no próximo mês não indicaria uma segunda onda, mas sim um aumento da primeira - já que a aparição de casos ainda é frequente no país.

“Uma segunda tem uma definição muito marcada pelo desaparecimento de casos e, depois, níveis muito altos de novos casos, que é o que acontece na Europa. Do campo de visto prático, temos que manter essas medidas, sob pena de que, em poucas semanas, podemos perder tudo que ganhamos ao longo dos meses”, disse.

O secretário de Saúde de Criciúma, Acélio Casagrande, confirmou a queda desta adesão no município e fez um apelo aos criciumenses. “As pessoas acham que a pandemia passou, mas pedimos que tenham consciência porque ela ainda existe na nossa vida. Outras regiões do mundo já estão fazendo lockdown. outras regiões do estado com dificuldades em leitos de UTI, não é porque estamos em boa situação que não temos mais o vírus circulando”, disse.
 

Tags: coronavírus

Copyright © 2022.
Todos os direitos reservados ao Portal 4oito