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"Profissionais de UTI não se formam de uma hora para outra", afirma Renato Matos

Médicos e enfermeiros levam no mínimo quatro anos para se prepararem para atuar nas UTIs
Por Vitor Netto Criciúma - SC, 14/07/2020 - 14:11
Foto: Divulgação
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Um importante fator que os hospitais de todo o estado enfrentam neste momento é a necessidade de profissionais qualificados para o atendimento em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). O Hospital São José (HSJ) de Criciúma, por exemplo, não consegue abrir 10 novos leitos destinados para a Covid-19 porque não tem equipe técnica para assistir os pacientes. 

O pneumologista Renato Matos explica que isso acaba ocorrendo em diversos hospitais, pois os profissionais que atuam neste setor necessitam de estudos e preparos para o atendimento. "Esses profissionais são raros no mercado e não se formam de uma hora para outra. Formar um profissonal para trabalhar na UTI, leva uns quatro anos. Não é de uma hora para outra que se forma", explicou ao programa Agora na manhã desta terça-feira, 14. 

Matos explicou que antes os hospitais contavam com uma quantidade de leitos de UTIs que supriam as demandas, mas agora com o aumento também é necessário de equipe para atender os pacientes. "Esses profissionais que trabalham em UTI são preparados. Usar um ventilador mecânico é extremamente difícil, não é como andar de bicicleta que aprende usando. Precisa de gente qualificada para isso", comentou. 

O pós-pandemia e a utilização dos leitos de UTIs

Outro ponto que o Estado está aplicando é a instalação de diversas novas UTIs pelos hospitais. O que também preocupa Matos, é a má distribuição da quantidade de leitos entre os hospitais. "A unidade hospitalar regional da região é o Hospital Regional de Araranguá (HRA) e lá tem dois leitos de UTIs. O Hospital São José está com 28 leitos", comentou. 

O que também preocupa Matos é o que os hospitais que estão recebendo diversos leitos farão com os equipamentos depois da pandemia. "O São José e o São Donato são hospitais filantrópicos, mas também privados. Então abrir mais 10 ou 20 leitos tem uma estrutura totalmente cara e depois o Estado não vai ter mais interesse em ativar os leitos. Como fica depois?", questionou.

O médico também pontua sobre as questões burocráticas na hora de liberar novos leitos. "O hospital precisa montar toda uma estrutura com equipamenteo para depois o Estado ver se libera ou não, então às vezes equipa todo o local e depois o Estado não habilita? Uma burocracia dessa vai fazer pessoas morrer", finalizou. 

Tags: coronavírus

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