A peça teatral Sobre(vivências) finaliza as apresentações, do total de cinco escolas de Criciúma, amanhã, dia 26 de agosto, no Instituto Federal de Educação (IFSC), às 13h30 e no dia 28, às 10h15, no Colégio Humberto de Campos. Já receberam o espetáculo as escolas: Marista Social, Heriberto Hulse e CEDUP Abílio Paulo. A encenação fala das vivências femininas silenciadas, marcando o Agosto Lilás, mês de conscientização e combate à violência contra a mulher. Mais de 600 estudantes do ensino médio serão contemplados. A produção é realizada pelo Coletivo Livre, com apoio do Gaveta Criativa, e realizada com recursos da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura do município de Criciúma (PNAB). Promovendo a inclusão, a peça conta com intérprete de libras em todas apresentações.
O texto teatral Sobre(vivências) começou a circular em 2019 em espaços públicos e privados da região e este ano chegou nas escolas: "O espetáculo Sobre(vivências), reflete sobre as dores de muitas mulheres a partir de confissões de intimidades contadas por elas mesmas. Fala das inquietações sentidas e caladas por muito tempo em diversas situações e histórias reais e construído com os textos de alguns livros", explica uma das atrizes, Ana Bertolina. A peça ultrapassa os palcos e é uma proposta de cunho social e promove transformações nas pessoas. "Recebemos relatos de mulheres que, após assistirem à peça, encontraram forças para saírem de relacionamentos abusivos. E por isso, decidimos contemplar as escolas por recebermos este pedido e ressaltando que é na adolescência o início da construção dos relacionamentos afetivos e, é este olhar preventivo e educativo que levaremos aos estudantes, promovendo conscientização e prevenção contra a violência à mulher," analisa a atriz Mixa. Após cada apresentação acontece uma roda de conversa mediada pela assistente social Priscila Schacht. A professora de inglês e português e, pesquisadora dos estudos feministas Instituto Federal de Educação (IFSC), Sheilar Nardon, explica que o texto da peça integra o seu projeto de doutorado sobre a questão da mulher dentro dos estudos feministas: "Eu estudo todas as ondas feministas, desde a antiguidade até a idade contemporânea, e esta produção vem para agregar sobre o mundo feminino. Essas questões são sempre faladas em sala de aula, por isso a importância de trazer este texto em forma de arte para os estudantes", pontua a professora.