Inúmeros segmentos econômicos acabaram sendo diretamente afetados por conta da pandemia do novo coronavírus. Com diversas atividades paralisadas, como as aulas de ensino presencial, por exemplo, alguns segmentos tiveram que buscar outras soluções para não fechar as portas - e a venda de máscaras acabou sendo uma das alternativas encontradas.

Proprietária da Meri Uniformes, empresa criciumense que há 25 anos vendia trajes para escolas e empresas, Rosimeri Fernandes viu na venda de máscaras de proteção uma maneira para minimizar os impactos que a pandemia e a suspensão das aulas trouxe para o seu negócio. O que começou como uma atividade despretensiosa, culminou na principal solução econômica.

“Quando tudo parou, em março, eu acabei ficando parada também. Com 25 anos de trabalho, fiquei sem chão. Acontece que eu tinha uma colega que trabalhava na prefeitura e perguntei à ela se tinha alguns tecidos lá, porque eu me disponibilizava voluntariamente a fazer máscaras para os funcionários. Eu só não queria ficar parada, mas então todo mundo começou a gostar do trabalho”, comentou Rosimeri.

O comércio das máscaras, então, foi crescendo através do boca-a-boca. Encomendas começaram a surgir por parte de empresas, estabelecimentos solicitaram a venda em seus locais e pedidos pessoais continuam crescendo. Até o momento, já foram cerca de 10 mil máscaras vendidas pela empresa. 

“Acredito que só no ano que vem as coisas vão voltar ao normal. Acho que a volta de alunos em janeiro e março fará isso, tenho fé que será nessa época. Mas antes disso, acho que não vai mudar muito. Enquanto isso, me mantenho com as máscaras e vendas de uniformes para algumas empresas. Está dando para sobreviver, graças a Deus”, pontuou.