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Marte tem seu próprio ritmo: estudo revela como calcular diferenças de tempo

Estudo publicado na The Astronomical Journal abre caminhos para navegação interplanetária

Por Lucas Mackowieski Criciúma, SC, 02/12/2025 - 18:09
Planeta Marte no espaço/Foto: Getty Images
Planeta Marte no espaço/Foto: Getty Images

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Um estudo publicado recentemente na revista The Astronomical Journal, segundo informações do site Aventuras na História (escrito por Giovanna Gomes), apresenta dados que podem ajudar a medir o tempo em Marte. Na Terra, a precisão é garantida por um sistema global que combina relógios atômicos, satélites de GPS e redes de telecomunicação robustas. Em Marte, variáveis gravitacionais e orbitais complicam esse cálculo.

O NIST (Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia dos EUA), equivalente ao Inmetro no Brasil, revelou que relógios em Marte avançam em média 477 microssegundos por dia em comparação aos da Terra.

Essa média varia devido à excentricidade da órbita marciana, influenciada pelo Sol, Terra, Júpiter e Saturno, alterando a discrepância em até 226 microssegundos ao longo de um ano marciano.

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O desafio está na teoria da relatividade de Einstein: em Marte, com gravidade cerca de 38% da Terra, os relógios correm mais rápido. Os pesquisadores Bijunath Patla e Neil Ashby consideraram a gravidade local e forças de grandes massas do Sistema Solar. Usando um ponto de referência fixo em Marte, integraram dados de missões espaciais para calcular o tempo relativo à Terra.
 

A distância entre os dois planetas é de 225 milhões de quilômetros/Foto: Reprodução

Variações de microssegundos parecem pequenas, mas para redes como o 5G, a precisão é de 0,1 microssegundo. Com atrasos de 4 a 24 minutos entre Marte e Terra, entender o tempo é crucial para uma “internet interplanetária”. “Se você obtém sincronização, será quase comunicação em tempo real”, disse Patla.

Futuros sistemas de navegação em Marte dependerão de relógios estáveis, como o GPS terrestre. “É útil estudar os desafios para estabelecer sistemas em outros planetas”, destaca Neil Ashby. O NIST já planeja medições lunares, e agora vislumbra rotas interplanetárias com precisão similar ao GPS da Terra.

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