Um estudo publicado recentemente na revista The Astronomical Journal, segundo informações do site Aventuras na História (escrito por Giovanna Gomes), apresenta dados que podem ajudar a medir o tempo em Marte. Na Terra, a precisão é garantida por um sistema global que combina relógios atômicos, satélites de GPS e redes de telecomunicação robustas. Em Marte, variáveis gravitacionais e orbitais complicam esse cálculo.
O NIST (Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia dos EUA), equivalente ao Inmetro no Brasil, revelou que relógios em Marte avançam em média 477 microssegundos por dia em comparação aos da Terra.
Essa média varia devido à excentricidade da órbita marciana, influenciada pelo Sol, Terra, Júpiter e Saturno, alterando a discrepância em até 226 microssegundos ao longo de um ano marciano.
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O desafio está na teoria da relatividade de Einstein: em Marte, com gravidade cerca de 38% da Terra, os relógios correm mais rápido. Os pesquisadores Bijunath Patla e Neil Ashby consideraram a gravidade local e forças de grandes massas do Sistema Solar. Usando um ponto de referência fixo em Marte, integraram dados de missões espaciais para calcular o tempo relativo à Terra.
Variações de microssegundos parecem pequenas, mas para redes como o 5G, a precisão é de 0,1 microssegundo. Com atrasos de 4 a 24 minutos entre Marte e Terra, entender o tempo é crucial para uma “internet interplanetária”. “Se você obtém sincronização, será quase comunicação em tempo real”, disse Patla.
Futuros sistemas de navegação em Marte dependerão de relógios estáveis, como o GPS terrestre. “É útil estudar os desafios para estabelecer sistemas em outros planetas”, destaca Neil Ashby. O NIST já planeja medições lunares, e agora vislumbra rotas interplanetárias com precisão similar ao GPS da Terra.
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