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Maracanã pode ser vendido para pagar parte da dívida do Rio

Governo quer vender imóveis públicos para reduzir débito de mais de R$ 190 bilhões

Por Redação Criciúma, 28/10/2025 - 14:58 Atualizado há meio minuto
Foto: Fernando Maia/Reprodução
Foto: Fernando Maia/Reprodução

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O Governo do Rio de Janeiro quer usar o Complexo do Maracanã como ativo financeiro para abater parte da dívida de mais de R$ 190 bilhões com a União. O estádio, avaliado em cerca de R$ 2 bilhões, foi incluído em um projeto aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça da Alerj que autoriza a venda de 62 imóveis públicos. “Cada vez que o Maracanã abre para um jogo, é um custo de quase R$ 1 milhão. Ou vende o estádio, ou amplia a concessão, mas algo precisa ser feito”, afirmou o deputado Rodrigo Amorim (União Brasil), presidente da comissão.

O deputado Alexandre Knoploch (PL), relator do projeto, destacou que o objetivo é arrecadar recursos e evitar o abandono do complexo. “Queremos garantir arrecadação, mas também evitar que o Maracanã vire um elefante branco. A solução passa necessariamente pelo Flamengo”, disse. A proposta ainda precisa ser votada no plenário da Assembleia Legislativa, onde pode sofrer alterações.

Atualmente, o estádio é administrado por um consórcio formado por Flamengo e Fluminense, que tem concessão até 2044 e paga ao estado R$ 20 milhões por ano. O contrato também prevê investimentos de R$ 186 milhões ao longo de duas décadas. Especialistas, no entanto, alertam que uma eventual venda não extingue o contrato vigente. “O comprador herdaria o bem já sujeito às obrigações da concessão. Extingui-la exigiria indenização pelos investimentos não amortizados”, explicou o advogado Bruno Medeiros Durão.

Para o jurista Mauro dos Anjos, a operação pode enfrentar obstáculos jurídicos. “Vender o Maracanã não é como vender um terreno ocioso. É um bem simbólico e parcialmente tombado, o que exige avaliação patrimonial e estudo de viabilidade. Uma venda mal estruturada pode gerar litígios e aumentar o passivo do estado”, avaliou. Apesar das ressalvas, o governo fluminense acredita que a venda de imóveis pode ajudar a equilibrar as contas e garantir a adesão ao novo programa federal de ajuste fiscal.

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