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Luto: Morre aos 83 anos o padre Gregório Michels

Padre era vigário na Paróquia Santa Bárbara
Por Redação Criciúma - SC, 20/09/2020 - 10:20 Atualizado em 20/09/2020 - 18:19
Foto: Divulgação / Diocese de Criciúma
Foto: Divulgação / Diocese de Criciúma

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O padre Gregório Michels, vigário da Paróquia Santa Bárbara, faleceu na madrugada deste domingo, 20, aos 83 anos. Seu corpo será velado a partir das 11 horas deste domingo, na igreja matriz do bairro Santa Bárbara, onde também será celebrada a missa de corpo presente, às 13h30. Seu sepultamento será realizado no cemitério da comunidade Rio Cachoerinhas, no município Braço do Norte/SC, havendo antes, às 16h missa de corpo presente naquela comunidade. 

Um pouco da vida e história de Padre Gregório 

Em 1949, o pequeno Gregório ingressou no Seminário Menor em São Ludgero, onde ficou dois anos. Depois, em 1954, fez o ensino propedêutico em Azambuja, Brusque e, em 1956, entrou do seminário de Filosofia em Viamão (RS). “Estudei um ano em Viamão, pois lá fiquei doente. Eu tinha muita dor de cabeça e os médicos alegaram que era próprio da minha idade e que logo isso iria passar. Não deu outra: perdi a vista. Devido a uma inflamação no nervo óptico, desde meus 18 anos só enxergo com o olho direito”, relata.

Mais tarde, padre Gregório concluiu os estudos em Filosofia em Curitiba (PR). Depois, o bispo de Tubarão o mandou estudar na Alemanha, onde cursou Teologia e foi ordenado sacerdote, em 5 de março de 1966, na cidade de Paderborn, no estado de Nordrhein-Westfalen, pelo Cardeal Lorenz Jaeger. Do Brasil, apenas seu pai, Benjamin Michels, e o pároco José Kunz participaram da celebração. Na época, eram comuns ordenações coletivas. Padre Gregório foi ordenado com mais 23 diáconos, todos alemães. Prmaneceu ainda um ano na Alemanha, trabalhando na paróquia de Trier.

Em 1967 retornou ao Brasil, e assumiu como vigário paroquial na Catedral de Tubarão. De 1968 a 1974, serviu a Paróquia São José, em Criciúma, como vigário e depois como pároco. De 1975 a 1977, foi missionário do projeto Igrejas Irmãs e, Uauá, na Bahia. De 1978 a 1979, assumiu como pároco da Paróquia Santo Agostinho, em Rio Maina.

Mais foi em 1980 que Padre Gregório sentiu bater, novamente, em seu coração, o desejo de partir para uma terra missionária. E assim o fez. “Esse desejo surgiu pela ação de três colegas que tinha na Alemanha. Eles tinham uma equipe que preparava pacotes com roupas e remédios e enviava para as missões no Chile. Eu passei pela cidade onde havia os missionários alemães e por causa disso, senti de novo aquela vontade de ir para as missões”, explica o presbítero.

De 1980 a 1992, portanto, durante 13 anos, padre Gregório foi pároco da Paróquia Santa Ana do Santíssimo Sacramento, em Chapada dos Guimarães, Mato Grosso, atendida pela Diocese de Rondonópolis. “Me recordo, especialmente, dos trabalhos no interior, onde havia só três capelas. Lá, geralmente rezava missa debaixo das árvores, de pés de manga, que ficam bem grandes e frondosos”, lembra.

O sacerdote conta que sempre recebia donativos da Alemanha e, uma vez, sem esperar, recebeu um cheque com uma alta quantia, de um de seus colegas de seminário. “Procurei pelo prefeito e lhe disse: ‘Recebi esse dinheiro todo e pensei em dar aos pobres, porque quem mandou disse que é para os pobres’. Foi aí que acertei. Se desse o dinheiro, eles desperdiçariam em outras coisas. O prefeito então, cedeu um terreno baldio, bem pertinho da cidade, e fizemos uma horta comunitária. Convidei o povo para uma reunião e veio bastante gente”. Padre Gregório providenciou ainda a compra de um caminhão, que servia as necessidades para manutenção da horta, que era grande: tinha 2,1 hectares. Assim se compôs um grupo com cerca de 25 pessoas associadas, que plantavam e vendiam os frutos de seu cultivo. 

De Mato Grosso, ficaram as boas lembranças da missão. Em 1993, voltou para Santa Catarina, ao ser nomeado vigário de Imbituba. De 1994 a 2001, atuou como vigário, de volta à Paróquia São José. De 2002 a 2009, serviu o Hospital São José, em Criciúma, como capelão.

Desde 2010, padre Gregório residia na Casa São João Maria Vianney, no bairro Michel, dedicada aos padres idosos ou enfermos.  Neste tempo, no período que a saúde permitiu auxiliou também na Paróquia Santa Bárbara.

Colaboração: Diocese de Criciúma

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