O lançamento do projeto "Criciúma Mulher 2025: Mulheres que Fazem História – Impacto, Resiliência e Legado", promovido pela Câmara Municipal de Criciúma como parte das comemorações do centenário do município reuniu um público de aproximadamente 600 pessoas, entre autoridades de toda a região da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec), representantes de entidades e comunidade em geral. O evento aconteceu no Teatro Elias Angeloni, na noite desta quarta-feira (20).
Idealizada pelo Legislativo, a iniciativa propôs um mergulho na história e no protagonismo feminino que ajudaram a moldar Criciúma, valorizando trajetórias de luta, resiliência e conquistas. A programação contou com recepção musical, exposição artística, apresentações culturais, homenagens, exibição do curta-metragem e intervenção de dança "As Escolhedeiras", além de um painel temático e uma palestra inspiradora conduzida pela jornalista Laine Valgas.
Reconhecimento e protagonismo
Na abertura do evento, o presidente da Câmara, vereador Marcio Daros da Luz, destacou a relevância do projeto dentro do contexto histórico vivido pelo município.
"Neste ano em que Criciúma celebra 100 anos, não poderíamos deixar de reconhecer o papel essencial das mulheres na construção da nossa identidade. O Criciúma Mulher nasce para homenagear trajetórias e ampliar os espaços de escuta e protagonismo feminino na nossa cidade. Este evento é um marco, que une memória, justiça e esperança em um futuro mais igualitário", afirmou Daros.
Homenagens às pioneiras
Um dos momentos mais emocionantes da noite foi a homenagem prestada às escolhedeiras, mulheres que tiveram participação ativa nas minas de carvão da região e se tornaram símbolo da presença feminina na atividade mineradora. Representando todas as trabalhadoras, receberam reconhecimento no palco: Silezia Maria dos Santos, Olindina Júlio Roberto, Maria de Lourdes Ramos, Alceli Serafim, Matilde Bento Ricardo e Benta Bitencourt de Assis.
O evento também reconheceu a trajetória de Astrid Barato, presidente do Sindicato da Indústria de Extração de Carvão do Estado de Santa Catarina (Siecesc-Carvão+). Primeira mulher a assumir o comando da entidade em toda a sua história, Astrid simboliza a transformação de um setor tradicionalmente masculino e a abertura de novos caminhos para a representatividade feminina na indústria carbonífera.
Reflexões e inspiração
O painel temático contou com a participação da presidente da Fundação Cultural de Criciúma (FCC), Cristiane Maccari Uliana Zappelini, que abordou a simbologia das Escolhedeiras e o legado feminino na cultura local. Já a consultora e organizadora do evento, Mila Del Priore, destacou a importância de fortalecer a representatividade e ampliar os espaços de diálogo entre poder público e comunidade.
"Trazer à luz a história de mulheres que moldaram Criciúma é uma forma de reescrevermos juntos a narrativa da cidade. O Criciúma Mulher nasce como um movimento transformador, que inspira novas gerações e reforça que a presença feminina não é apenas memória, mas presente e futuro de desenvolvimento social", ressaltou Mila.
Encerrando a noite, a jornalista Laine Valgas conduziu a palestra interativa "Desperte o Incrível em Você", trazendo uma mensagem de autoconhecimento, resiliência e inspiração para que cada mulher reconheça e fortaleça seu próprio protagonismo.
Celebração com propósito
Ao reunir diferentes gerações, histórias e olhares, o Criciúma Mulher 2025 marcou o centenário da cidade com um gesto de reconhecimento e compromisso. Mais do que uma celebração, o evento abriu espaço para reflexão coletiva sobre igualdade de gênero, valorização de lideranças e construção de uma Criciúma mais inclusiva e representativa.
Histórias de luta, resiliência e protagonismo feminino no centenário da cidade
Criciúma Mulher 2025 reuniu aproximadamente 600 pessoas no Teatro Elias Angeloni

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