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Hemerson Maria fala sobre a dificuldade de encontrar camisa 10 no mercado

Técnico tem alternativas para o caso de não poder contar com um meia armador de origem
Por Heitor Araujo Criciúma, SC, 11/02/2021 - 18:59 Atualizado em 11/02/2021 - 19:00
Hemerson Maria em treino tático no CT Antenor Angeloni (Foto: Celso da Luz / Criciúma EC)
Hemerson Maria em treino tático no CT Antenor Angeloni (Foto: Celso da Luz / Criciúma EC)

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O Criciúma tem, até o momento, 22 dos 26 atletas desejados pelo técnico Hemerson Maria para o Campeonato Catarinense. O elenco começa a tomar forma, com sete jovens oriundos da base, a permanência dos volantes Adenilson e Eduardo, e o anúncio de 13 reforços. O sistema defensivo está praticamente montado: três goleiros, quatro laterais, três zagueiros e sete volantes. Chama a atenção a falta de um meio-campista de origem.

Em entrevista exclusiva ao Portal 4oito e Rádio Som Maior nesta quinta-feira, 11, Hemerson Maria falou sobre o processo de montagem do elenco. Segundo o técnico, o clube avalia a possibilidade de contar com o chamado "camisa 10", mas procuram-se alternativas para formatar um time sem esse jogador, tido como uma raridade no mercado brasileiro. 

"Hoje você vê jogadores mais velhos se destacando (como camisa 10), na Série B mesmo o Renato Cajá, Renan Bressan e Camilo, todos na faixa de 30 anos", disse Maria. "Esse jogador vem sendo mais utilizado como segundo atacante. Trabalhei no Vila Nova, onde tinha o Alan Mineiro, ele era o artilheiro da equipe. Tínhamos duas linhas de quatro e o Alan Mineiro flutuava nas costas do volante e o aproximei do gol. Até hoje ele joga nessa função", explicou o treinador.

Hemerson Maria disse que gostaria de ter um jogador com essas características, pois conseguiria encaixá-lo no padrão procurado dentro de campo, mas sabe das dificuldades de encontrá-lo; o técnico diz ser possível projetar uma equipe sem essa figura.

"Os campeões de Série B não tinham camisa 10. Chapecoense tinha o Dener que é de bastante mobilidade e o América-MG trabalhava com dois meias, Juninho e Alê. Se encontrarmos o camisa 10, que seja um jogador realmente para definir jogos, vamos buscá-lo. Caso a gente não encontre, vamos trabalhar com jogadores de mobilidade e que consigam fazer dupla função no meio de campo", projetou.

O técnico reforçou o desejo de contar com 26 jogadores no elenco, mas não trata como "uma coisa engessada". O grupo enxuto, segundo Hemerson Maria, é uma forma de dar mais oportunidades à categoria de base. "Não gosto de trabalhar com elenco grande, até porque daqui a pouco tu não consegues dar oportunidade para os meninos da categoria de base. Esse número de 26 pode aumentar ou diminuir, depende da necessidade. Por enquanto é isso, eu não gostaria de ultrapassar", avaliou.

Com ou sem o 10, Hemerson Maria detalhou a forma que pretende adotar no Campeonato Catarinense. "Espero que a gente consiga trabalhar com uma linha defensiva forte, um ataque com bastante mobilidade e jogadores de meio-campo com dupla função, não gosto muito daquele só defensivo. Hoje todo mundo fica fissurado na figura do camisa 10. É importante, uma espécie em extinção, assim como o camisa 5, porque todos trabalham com dois volantes box-to-box e o jogador protetor de área está meio que sumindo", concluiu o técnico.

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