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Dia Mundial Sem Tabaco: cuidado também com os cigarros eletrônicos

Muitas pessoas estão aderindo ao chamado cigarro eletrônico, que é tão prejudicial quanto os tradicionais
Por Marciano Bortolin Criciúma, SC, 31/05/2020 - 08:01 Atualizado em 31/05/2020 - 08:05
Fotos: Divulgação
Fotos: Divulgação

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Há 30 anos, cerca de 40% dos brasileiros fumavam, número que hoje está em 12%. Se por um lado a notícia é positiva, por outro nem tanto. Muitas pessoas estão aderindo ao chamado cigarro eletrônico, ou vaper, que é tão prejudicial quanto os tradicionais. 

A psiquiatra e presidente da Associação Brasileira de Estudos Sobre o Álcool e outras Drogas, Alessandra Diehl fala que o aumento de usuários deste tipo de cigarro preocupa. “Têm legislações diferentes nos países. No Brasil tem uma tramitação que solicita a permissão para uso dos e-cigarretes. A gente sabe que não é uma forma de redução de danos. Ainda não tem esta regulamentação no Brasil, e tem vários órgãos alertando que estes dispositivos são perigosos. Não é liberado, mas de fácil acesso, porque se compra basicamente pela internet se quiser”, comenta.

O alerta vem na semana do Dia Mundial Sem Tabaco, neste domingo, 31. A data foi estipulada em 1987 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para alertar sobre as doenças e mortes evitáveis relacionadas ao tabagismo. No Brasil, o INCA é o responsável pela divulgação e elaboração do material técnico para subsidiar as comemorações em níveis federal, estadual e municipal.

Tabagismo como agravante da Covid-19

Alessandra diz ainda que a quarentena devido à pandemia do novo coronavírus tem contribuído com o aumento de fumantes e que o tabagismo é agravante da Covid-19. Além disso, ela diz que a associação a qual faz parte é formada por profissionais da saúde, principalmente, médicos, psicólogos e psiquiatras. “Visa congregar saberes nesta área e o tabaco é um dos carros chefes. Nesta semana estamos insistindo nesta questão do tabagismo porque neste momento de pandemia é um dos fatores de risco de complicação da Covid-19. É um alerta mais que importante para população brasileira entender que é um bom momento para parar de fumar. Os dados da OMS mostram que as complicações respiratórias e complicação para quadros mais graves são naquelas pacientes que utilizam a nicotina e também o vaper. A China mostrou isso mais claro, que tem uma população predominantemente masculina, que fuma. No Brasil temos algumas questões que é o aumento do tabagismo em mulher. Mulheres chegando perto do que os homens fumam”, alerta.

Curável
Ela lembra ainda que o tabagismo é uma doença curável e que o tratamento é individualizado. “É uma doença curável, que tem controle, no tratamento. O Brasil é líder em políticas públicas relacionadas ao tabaco porque se ampliou o acesso ao tratamento. Entra os tratamentos, os medicamentos para fazer a separação deste casamento mal feito que é o tabaco na vida das pessoas. O tratamento do tabagismo é individualizado. O que serve para um pode não servir para o outro”, relata.

Outro alerta é feito com relação aos fumantes passivos. “Os fumantes passivos são o que estão submetidos a uma fumaça de nicotina até maior às vezes do que aquele que traga. As pessoas têm que estar atentas, se alguém da família fuma, evitar ficar perto, em ambientes fechados”, conclui.

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