Com exportações que somaram mais de 9,3 milhões de dólares para os Estados Unidos no primeiro semestre de 2025, Criciúma acompanha com atenção os efeitos do chamado "tarifaço" do ex-presidente Donald Trump. As medidas protecionistas, que incluem a taxação de até 50% sobre produtos importados, atingem diretamente o setor cerâmico e madeireiro da cidade, os dois principais itens enviados ao mercado norte-americano. Só em ladrilhos cerâmicos, por exemplo, o volume exportado foi de cerca de R$ 5 milhões. Já a madeira perfilada representou 3,3 milhões de dólares.
Segundo o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Tiago Fabris, os efeitos mais imediatos devem ser sentidos na queda de competitividade frente a outros países e no aumento da oferta interna, o que pode impactar preços locais. Apesar disso, ele afirma que a cidade já está se antecipando, a prefeitura lançou o programa "Criciúma Mais 25", que projeta o desenvolvimento até 2050, com foco em planejamento urbano, educação, saúde e inovação. Para Fabris, a construção de estratégias de longo prazo é essencial para fortalecer a economia local frente a instabilidades externas como a guerra comercial liderada pelos EUA.
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