Quatro das mais de 200 vacinas para Covid-19 que estão sendo testadas atualmente no mundo, deverão estar disponíveis no Brasil ainda nos próximos meses. O governador de São Paulo, João Doria, anunciou que a vacinação começará em 25 de janeiro no estado, enquanto o presidente Bolsonaro garantiu a vacinação gratuita, mas não obrigatória, em todo o Brasil, a partir de março do ano que vem.

De acordo com o médico pneumologista Renato Matos, as vacinas de Oxford, Coronavac, Pfizer e da Jenssen são as que deverão estar em território brasileiro nos próximos meses. A de Oxford, por exemplo, está sendo desenvolvida juntamente com a Fiocruz, e é a principal aposta do Brasil.

“Apesar de ser bastante promissora, houve um problema com essa vacina porque se viu que pessoas que, por engano, usaram meia dose dela, tiveram uma eficácia maior. Então esses estudos vão ter que se prolongar por mais tempo para entender porque que a meia dose fez com que as pessoas se infectassem menos”, disse Renato.

Já a Coronavac, vacina do laboratório chinês desenvolvida em conjunto com o Instituto Butantan, tem a vantagem de estar sendo trabalhada de maneira tradicional, segundo o pneumologista. “Todas as vacinas, como sarampo, rubéola e até da gripe são feitas com vírus inativado. A vacina chinesa usa dessa tecnologia já testada há muitas décadas com muita segurança”, comentou.

Há também a vacina da Jenssen, braço farmacêutico da Johnson & Johnson, e a da Pfizer - tida como uma das mais promissoras atualmente em relação ao uso imediato. Ainda nesta segunda-feira, o Governo Federal assinou um contrato com a Pfizer para garantia de 70 milhões de doses da vacina.

“A proposição do Ministério da Saúde é de que em março tenhamos a vacina disponível no Brasil. É muito importante que essa vacinação seja público, fundamental que o governo forneça a todas as pessoas, começando por aquelas com maior fator de risco e o pessoal que está na linha de frente. Devemos levar todo o ano que vem para que, no final, tenhamos toda a população vacina e imunizada”, afirmou Renato.